Desonerar ou reonerar, os verbos do governo para a gasolina

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Desonerar ou reonerar, os verbos do governo para a gasolina
ECONOMIA
25 de fevereiro de 2023 - Posto de combustível

Mercado vive momento de expectativa. Foto: Divulgação.

O governo Lula está num impasse. Não sabe se prorroga novamente a desoneração do PIS e Confins sobre a gasolina e o álcool  ou resolve atender a equipe econômica, que pensa na tributação dos combustíveis. Tudo porque nesta terça-feira (24) expira o prazo da prorrogação da medida provisória (MP) editada em janeiro, que mantém os atuais preços dos combustíveis.

Nos bastidores, o governo utiliza dois verbos: desonerar, ou seja, livrar o encargo, ou reonerar (isentar em parte). Na prática, se houver desoneração o litro da gasolina poderá subir até R$ 0,68. Se a opção for pela reoneração , a majoração ficará na casa dos R$ 0,49, conforme especialistas do setor.

ATENÇÃO

A equipe econômica sinaliza que o governo irá voltar a cobrar os impostos federais sobre combustíveis em março. No entanto, salienta que a decisão é pela reoneração.

A desoneração de impostos federais sobre combustíveis foi aprovada no ano passado, durante o governo Bolsonaro, a fim de minimizar a alta de preços em meio à corrida eleitoral. A medida foi prorrogada por dois meses pelo presidente Lula no dia 1º de janeiro.

Impacto na bomba

Com o fim da desoneração, a gasolina deverá aumentar em R$ 0,68 por litro nos postos, segundo cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). O aumento acontece em um momento em que a Petrobras tem alguma gordura para queimar, por praticar preços mais altos do que o mercado internacional.

IMPORTANTE

Em Cachoeira do Sul, o litro da gasolina comum custa R$ 4,85. Se for aprovada a reoneração, o preço chegará aos R$ 5,34. Já se for decidido pelo fim da desoneração, o litro poderá chegar a R$ 5,53.

Em algumas regiões do RS, o litro da gasolina já ultrapassa os R$ 5,00. São os casos da Fronteira e do Litoral.