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Denúncia: vereador e assessor recebem diárias para participação em audiência “fantasma”

Vereador justificou diária com audiência que não esteve / Foto: Reprodução

O presidente da Câmara de Vereadores de Cachoeira do Sul, Carlos Alberto, recebeu pedido de providências na manhã desta terça-feira com base em denúncia de uso indevido de diárias por parte do vereador Noeli Castelo e de seu assessor Alessandro Ferrony.

Os dois – que lideram a lista de gastos de diárias desde o começo da atual Legislatura Municipal – foram até Porto Alegre no dia 14 de dezembro com a justificativa de participarem de audiência no Departamento de Trânsito (Detran/RS) sobre fiscalização de Centro de Formação de Condutores (CFC) em Cachoeira do Sul. No entanto, segundo documento protocolado pedindo providências da Câmara pelo presidente do Democratas, Carlos Aguiar, e o vice-presidente da sigla, João Edgar da Silva Filho, vereador e assessor estiveram apenas no setor de Atendimento ao Cidadão. “Confirmando isso, parece claro que as despesas geradas ao erário público foram efetivadas de forma irregular, devendo ser devolvidas”, assinala parte do ofício encaminhado ao presidente do Legislativo Municipal de Cachoeira do Sul. De acordo com Alberto, o caso será tratado de forma transparente.

Documento foi entregue ao presidente da Câmara / Foto: Reprodução

Registros obtidos pela reportagem de OCorreio Digital confirmam pagamento de diárias questionadas / Foto: Reprodução/OC

Castelo e seu assessor devem ser comunicados pelo presidente da Câmara de Vereadores e terão oportunidade de explicar a situação, de acordo com suas versões.

Gastos com diárias

Conforme reportagem de OCorreio Digital já revelou, o vereador e seu assessor lideram a lista de gastos  em diárias na Câmara de Cachoeira do Sul: juntos, consumiram R$ 26,7 mil nos dois anos. Foram R$ 10,8 mil em 2017 e R$ 15,9 mil em 2018 (47% a mais). Os gastos de Ferrony saltaram de R$ 4,2 mil em 2017 para R$ 6,4 mil em 2018. Ou seja, um aumento de 50,7% no período. Já Castelo passou de R$ 6,5 mil para R$ 9,4 mil: um crescimento de 44,8% de 2017 a 2018.

 

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