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Demora no Samu tem solução? Tem

Foto: Ass. Com.

O vereador Jeremias Madeira (PDT) criticou o sistema de atendimento disponibilizado para a população pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Segundo relatou, sua mãe faleceu no sábado (16), logo depois de Maderia buscar ajuda via o 192. “Cai em Porto Alegre. Fizeram várias perguntas. Precisei colocar minha mãe no carro e eu mesmo levar para o hospital”, lembrou. A justificativa do Samu é tentar identificar trotes e colher mais informações para auxiliar a equipe que prestará atendimento. Mas o sistema é alvo de críticas e voltou a ser destaque em Cachoeira do Sul, após as colocações feitas pelo vereador na sessão desta segunda-feira (18).

Um exemplo que vem de Santa Cruz do Sul pode inspirar medida na busca de solucionar a situação em Cachoeira. Até o fim deste ano, a cidade estará entre as três do Rio Grande do Sul que possuem uma Central de Regulação Compartilhada do Samu. O convênio com a secretaria estadual de Saúde foi assinado na tarde desta segunda-feira (18), no local onde está instalada a base do Samu. O evento contou com a presença da secretária estadual Arita Gilda Hübner Bergmann.

O objetivo da instalação é agilizar a prestação do serviço aos santa-cruzenses. Pelo sistema atual, a ligação cai em uma central do Samu em Porto Alegre, que faz o cadastro do usuário, com informações pertinentes ao atendimento. A partir de então, a chamada entra em uma fila de espera para regulação do médico na própria Central. Durante o evento, o coordenador médico do Samu no Estado, Jimmy Herrera, fez uma simulação de como funcionará o atendimento a partir da instalação da regulação compartilhada. De acordo com ele, a ligação ainda cairá em Porto Alegre, porém, o médico regulador de Santa Cruz terá acesso assim que a demanda entrar no sistema. “Leva em torno de três segundos até a equipe sair para atendimento”, comentou.

Em seu discurso, a secretária destacou a importância da regulação compartilhada para qualificar o serviço. “Santa Cruz terá, a partir dessa regulação, mais rapidez porque a equipe local conhece a cidade e a área rural. A gestão municipal está demonstrando que quer agilidade, segurança e atendimento pontual nos chamados do Samu”, disse.

Nesse primeiro momento, a Central Compartilhada do Samu funcionará de segunda-feira a sexta-feira, das 8 horas às 18 horas. O atendimento poderá ser acionado pelo 192 ou pelo aplicativo Chamar 192 – SAMU, lançado neste mês pelo governo do Estado. Apenas as chamadas de Santa Cruz serão reguladas na central compartilhada local. As de outros municípios da região, que, eventualmente são atendidos pelas mesmas ambulâncias, continuarão ocorrendo em Porto Alegre.

O investimento anual do Município é de R$ 36 mil – R$ 3 mil por mês. O valor inclui a locação do sistema de software, treinamento, fornecimento de microcomputador, dois monitores, nobreak e acesso de link para a internet. A equipe que irá atuar pelo Samu remoto é composta por oito médicos, seis enfermeiros, nove condutores e oito técnicos em enfermagem – os mesmos profissionais que hoje trabalham na base do município. A partir da implantação da central, que deve ser concluída até o início de dezembro, os médicos receberão treinamento para iniciar operações. A empresa responsável pela instalação será a NGS Suporte em Informática LTDA.

Chamar Samu

O aplicativo Chamar 192 – SAMU foi lançado no começo do mês pelo Governo Estadual. A ferramenta foi desenvolvida para facilitar o acionamento do serviço em casos de urgência. Ao fazer a ligação por meio dela, o médico regulador que conversar com o solicitante terá acesso antecipado a informações básicas e à localização por GPS, agilizando o processo de regulação e a chegada da ambulância. O aplicativo está disponível para Android, no Google Play.

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