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Defesa Civil age em áreas de risco em Cachoeira do Sul

Defesa Civil / Crédito: Reprodução

Defesa Civil / Crédito: Reprodução

A Defesa Civil de Cachoeira do Sul intensifica suas ações de monitoramento em áreas de risco em Cachoeira do Sul depois da chuvarada que atingiu o RS. Nesta terça-feira (5), as atenções estão concentradas na região do Bairro Tibiriçá, na zona norte da cidade, onde moradias na beira de uma sanga estão prestes a desabar. “Trata-se de um local particular e, por isto, estamos contatando outras secretarias para ver a melhor maneira de agir nesta situação”, informou o superintendente da Defesa Civil, Edson Júnior.

Em Cachoeira do Sul, são mapeadas 11 áreas de risco, conforme a Defesa Civil. Segundo Júnior, apesar a chuvarada que chegou em alguns locais a 130 mm no município, a situação está sob controle.

“Tivemos um caso que mereceu muita atenção no final de semana, quando uma casa localizada no Alto dos Cassemiros, foi atingida por um raio”, salientou, acrescentando que o morador, um senhor de 70 anos, foi socorrido há tempo e está abrigado em casa de familiares.

Defesa Civil / Crédito: Reprodução

RELATÓRIO DOS REGISTROS DA DEFESA CIVIL

Relatório divulgado no final da tarde desta segunda-feira (4) da Defesa Civil aponta que os acumulados do mês de setembro chegaram até agora a 149,8 mm. O nível do Rio Jacuí está 17,29m, mas subindo 0,59 cm nas últimas 24h. A marca normal é de 18 metros.

– Domingo – Casa atingida por raio danos no telhado, forro e rede elétrica, uma pessoa afetada, está alojada em casa de familiares.

– Segunda-feira – movimentação de área (deslizamento de terra) no Bairro Tibiriçá. Foi registrado queda de árvore nos fundos de um imóvel em um terreno com declive acentuado na divisa com sanga.

– Segunda-feira – Remoção de uma árvore caída no Km 270 da BR-290 em atendimento a um chamado da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

– Segunda-feira – Interdição de um trecho da Rua Roberto Silva entre as ruas Conde de Porto Alegre e General Osório (Bairro Frota) em decorrência de buraco na via causado pela chuva.

– Segunda-feira – Entrega de cobertura emergencial (lona) para uma família residente na localidade de Piquiri Mineração devido a danos no telhado da moradia.

COMO ENTRAR EM CONTATO

A Defesa Civil mantém suas equipes em alerta e solicita que em caso de situação de risco ou emergência a população entre em contato pelo fone/whatsapp (51) 995359310 – ou 193 Corpo de Bombeiros.

AS ÁREAS DE RISCO

Os locais mapeados pela Defesa Civil estão localizados nos bairros:

– Santo Antônio, Ponche Verde, Tibiriçá, Cristo Rei, Bom Retiro, Barcelos, Marina, Marques Ribeiro, Carvalho e Noêmia.

– Outro local que também está em constante observação é o Beco dos Trilhos, no Bairro Santo Antônio, onde na área onde antigamente passava a rede férrea, as casas abaixo do nível das ruas laterais. Isto significa exposição às enxurradas.

Defesa Civil / Crédito: Cacau Moraes

NA ILHA DO AMOR

Um grupo de famílias que mora às margens do Arroio Amorim, no Bairro Bom Retiro, convive com a erosão batendo à porte de suas moradias todos os dias. A comunidade da Ilha do Amor, como é chamada, se desespera a cada chuva porque sabe que a força da enxurrada – que estás prestes a mudar o curso do Amorim – causa estragos e leva por diante entulho e um monte de lixo. O drama das famílias se estende há mais de 15 anos.

A travessia para as moradias é feita sob uma passarela com algumas tábuas. Homens, mulheres e crianças se arriscam para chegar em suas casas porque correm o risco de cair de um barranco de quase cinco metros de altura. Quando surgiram as primeiras casinhas, o contexto era outro, mas com o passar do tempo o local ficou perigoso tanto que algumas famílias já abandonaram a Ilha do Amor.

A maioria das casas foi construída em uma área de risco e, como não houve, fiscalização o perigo é constante. A inundação do Amorim já carregou postes de iluminação, canalização de água e deixou um amontoado de pneus, madeira, plástico e muita sujeira.

A Ilha do Amor é uma área situada entre o Bairro Bom Retiro e o Loteamento Germanos. O período mais crítico é o inverno, quando chove mais e os alagamentos estão por todo o lado. A Defesa Civil de Cachoeira do Sul monitora a área há algum tempo e trabalha para a retirada das famílias. Só que se uma família sai, vem outra se instala imediatamente. Enquanto isto, a curto prazo não haverá mais passagens para a Ilha do Amor, porque as pinguelas de madeiras não resistiram ao desmoronamento do barranco do Amorim.

Saiba mais sobre a atuação da Defesa Civil no RS

Desde a madrugada desta segunda-feira (4), parte do Rio Grande do Sul tem enfrentado eventos adversos como tempestades, fortes ventos, queda de granizo e transtornos associados ao grande volume de chuvas. A Defesa Civil do Estado tem emitido vários alertas de risco hidrológico e meteorológico aos municípios e à população e atuado para mitigar os efeitos das chuvas em diversas cidades.

Segundo dados da Sala de Situação do Estado, que atua em parceria com o Centro de Operações do órgão, até o momento as cidades com maior volume acumulado de chuva em 72 horas são Passo Fundo (291,6 mm), Água Santa (221,6 mm), Ijuí (217,6 mm), Entre-Ijuís (207,4 mm) e Vacaria (202,2 mm). Além disso, foram reportados alagamentos nos municípios de Santo Expedito do Sul, Lajeado do Bugre, Nova Bassano, São Jorge, Bento Gonçalves, Caxias do Sul e Ibiraiaras e diversos outros pontos.

As regiões que requerem mais atenção neste momento, com relação ao risco hidrológico de inundações, são as dos vales do Caí e do Taquari. Outros pontos seguem sendo monitorados e podem ser acompanhados no site da Sala de Situação.

Ainda de acordo com a Defesa Civil, o número de desalojados chegou a 278, mas no início da noite já havia diminuído para 215. Os desalojados são de cinco cidades – a mais afetada é Nova Bassano (90).

Até o momento, foram informados quatro óbitos. Um homem foi vitimado, em Mato Castelhano, ao tentar atravessar o rio Piraçuce; em Passo Fundo, um homem sofreu um choque elétrico, no bairro Cruzeiro; já em Ibiraiaras, um casal morreu ao ter o carro levado por uma correnteza quando atravessava uma ponte no município.

Segundo o subchefe de Proteção e Defesa Civil, coronel Marcus Vinicius Gonçalves Oliveira, é necessário que sejam tomados cuidados constantes. “As mortes que tivemos não são diretamente decorrentes da chuva, mas da falta de cuidados. É importante a atuação dos municípios, que devem estar com seus planos de contingência atualizados e informados para a população”, explicou.

Ainda conforme Oliveira, a cultura de prevenção tem sido constantemente incentivada por ações da Defesa Civil. Ele lembrou também da importância de se estar cadastrado para o recebimento das mensagens de texto do órgão com os alertas. Atualmente, segundo dados da Defesa Civil, somente 7% da população estadual se encontra cadastrada no sistema de avisos. Saiba como se cadastrar para receber os alertas por SMS acessando esta página.

Alertas continuam sendo publicados periodicamente no site da Defesa Civil e em suas redes sociais. No site, há ainda uma série de medidas de segurança recomendadas.

De acordo com o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer-RS), dez trechos de sete estradas do Estado estão com algum tipo de bloqueio.

Confira a situação em cada um dos municípios atingidos

Passo Fundo

Santo Expedito do Sul

Lajeado do Bugre

Sarandi

Boa Vista das Missões

Ibiraiaras

São Jorge

Bento Gonçalves

Caxias do Sul

Santa Maria

Marau

Nova Bassano

Casca

Nova Araçá

Campestre da Serra

André da Rocha

Protásio Alves

Carlos Barbosa

Panambi

Cruz Alta

Coqueiros do Sul

Cachoeira do Sul

Palmeira das Missões

Getúlio Vargas

Mato Castelhano

Erechim

Estação

Vacaria

Chapada

Montauri

Santo Antônio da Patrulha

Água Santa

Camargo

São Domingos do Sul

Sagrada Família

Paraí

Jacuizinho

Lagoão

Santo Ângelo

Boa Vista do Buricá

Sede Nova

Eugênio de Castro

Farroupilha

Santo Cristo

 

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