Quando a gente ouve a palavra “bruxa”, a mente já recorre ao acervo que traz caldeirão e até a vassoura usada para voar. Entender de onde vem o caldeirão é fácil ao lembrar das fórmulas mágicas reunindo os mais esquisitos ingredientes. Mas e a vassoura?
A resposta começa com uma pomada. Calma que a coluna explica.
Na Idade Média, alguma plantas eram usadas para a produção de uma espécie de pomada feita com substâncias alucinógenas. Os compostos podiam ser absorvidos pelas glândulas sudoríparas das axilas ou por meio das membranas mucosas do reto ou da vagina. Registros sugerem até que seriam mais eficazes para combater um desconforto intestinal.
As bruxas aplicariam as tais pomadas. O produto era colocado no cabo da vassoura para facilitar o uso vaginal do medicamento. As lendas antigas tiveram início, assim, contando sobre bruxas nuas montadas em vassouras.
O alucinógeno de alcaloide propano pode ter provocado a ilusão de vassouras voando com as mulheres em cima. E sem roupa. A substância causava sono. Por consequência, sonhos.
As pomadas que mulheres aplicavam na área vaginal por meio de uma vassoura eram feitas de plantas alucinógenas que acabavam provocando as experiências psicossensoriais.
Então, tranquilidade. Afinal, bruxas não existem. Mas e as mulheres que foram queimadas vivas acusadas justamente de bruxaria? Enfim. No creo en brujas, pero que las hay, las hay.
