A patroa reconduzida ao cargo no CTG Tropeiros da Lealdade, Cristina Porto Machado, e seu marido, o ex-patrão, Paulo Machado, participaram do programa Vale Informação – da Rádio Vale FM 99.1 -, na manhã desta terça-feira (15), avaliando a retomada de atividades e projetando o calendário para 2025, incluindo a Semana Farroupilha:
O Centro de Tradições Gaúchas Tropeiros da Lealdade é o mais antigo de Cachoeira do Sul. Das rodas de mate nos finais de tarde no antigo Hotel América (hoje Banco do Brasil), na Rua 7 de Setembro, surgiu a ideia de se fundar um CTG em Cachoeira do Sul, ainda no ano de 1955.
Cristina Porto Machado e Paulo Machado / Crédito: Tomás Sá Pereira
Ao entardecer, seu proprietário Arthur Iserhardt e o gerente da Imobiliária Quinta da Boa Vista, Solstício Pinto de Azeredo (de Lagoa Vermelha), reuniam hóspedes, entre eles Maragato e outros admiradores da cultura gaúcha, para matear, tendo acompanhamento de um violão ou do bandônion do Maragato e de outros instrumentos.
Com o tempo, as rodas de mate foram reunindo mais participantes a cada dia. Com isso, as reuniões foram transferidas para a Praça José Bonifácio, no pergolado, pois já estavam atrapalhando o funcionamento do hotel.
Azeredo, então, teve a idéia de fundar um CTG. O lema, “A fibra de gaúcho para honra do Brasil”, e o logotipo foram apresentados por Azeredo. O nome escolhido foi “CTG José Bonifácio”, uma justa homenagem à praça onde os amigos se encontravam para o mate.
Em setembro de 1955 já eram mais de 100 tradicionalistas do grupo bonifaciano. Mais de 500 cavalarianos desfilaram naquele 20 de Setembro. Passado o desfile, para que a ideia da fundação do CTG não caísse no esquecimento, foi agendado o primeiro baile. Em uma ramada montada no pátio da Rádio Cachoeira, aqueles gaúchos bonifacianos realizaram o primeiro baile.
Cada grupo para o seu lado, o CTG Tropeiros da Lealdade criou a sua primeira sede provisória, em uma casa que havia queimado na Rua Saldanha Marinho (defronte à Imobiliária Quinta da Boa Vista).
A segunda sede dos Tropeiros, também provisória e na mesma rua, logo após o Colégio Roque Gonçalves, ficava em um terreno cedido gratuitamente ao CTG pelo engenheiro civil Nelson Aveline.
O tradicionalista Zonel Garcia assumiu a patronagem, e cedeu quatro terrenos de sua propriedade ao CTG, no Bairro Soares, onde hoje se encontra estabelecida a entidade.