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Crescimento do mercado pet

Estima-se que existem um total de 149,6 milhões de pets no Brasil, sendo 58,1 milhões de cães e 27,1 milhões de gatos. Tendo isso em mente, o segmento pet tem tudo para estar sempre em funcionamento e evolução, visto que possui um público fiel em constante crescimento.

São mais de 285 mil empresas voltadas para os pets no Brasil, sendo o terceiro maior mercado pet do mundo, e é notório o crescimento do número dessas empresas, até mesmo durante a pandemia da Covid-19, sendo uma área bastante promissora.

Ao contrário da queda que ocorreu nos outros setores durante a pandemia, as empresas de cuidados com animais domésticos estiveram em constante crescimento e ampliação de seu mercado, isso porque muitas pessoas adotaram ou compraram pets para ter uma companhia durante o período de isolamento.

Além disso, havia uma maior convivência com os pets durante a quarentena, o que estreitou esses laços e fez com que os tutores olhassem com mais carinho para seus bichinhos.

E com essa tendência de estreitamento dos laços, os cuidados com os bichinhos se tornam cada vez mais almejados pelos donos, fazendo com que os serviços e espaços para os pets tenham que se adequar cada vez mais a essa necessidade.

Com isso surgiram também novas possibilidades de negócio voltadas a esse cuidado mais humanizado, como: refeição natural, creches, lavanderias especializadas, spas, festas para pets, serviço funeral e plano de saúde, dog walker (passeador de cães), pet sitter (babá de pet), versões pet friendly de comidas.

“Este mercado tem proporcionado vários diferenciais que podem e devem ser analisados pelos empresários e a depender implantados para gerar novas atratividades ao negócio. O mercado, assim como o cliente, busca otimizar tempo e praticidade.” acrescenta Débora Medeiros, gestora responsável pelo setor de petshop no Sebrae.

Não só o lucro do setor tem aumentado, como também a oferta de vagas, segundo o Instituto Pet Brasil, 2,83 milhões de oportunidades foram geradas em 2021, o que corresponde a um aumento de 6,2% sobre o ano anterior.

“Não é à toa que o mercado pet no Brasil representa 0,36% do PIB brasileiro, passando na frente dos setores de utilidades domésticas e automação industrial. A previsão de faturamento deste segmento para fechar 2022 é estimado pelo Instituto Pet Brasil (IPB), no valor de R$ 46,5 bilhões. Como falar que este mercado não é promissor?” continua a gestora.

Serviço de banho e tosa

Dentre os serviços que estão em alta no mundo pet, está o banho e tosa, estima-se que foram abertas mais de 18 mil empresas voltadas aos animais na primeira metade de 2022. A expectativa é que o setor cresça aproximadamente 87% até o ano de 2026.

O que chama a atenção de tutores no serviço de banho e tosa, e o que pode ser considerado um diferencial é o serviço móvel, na qual o tutor não precisa se deslocar, um funcionário vai até a casa do pet buscá-lo e algumas vezes o serviço é realizado ali mesmo em frente à casa do animal, dentro da carrocinha adaptada para o trabalho, oferecendo mais conforto e segurança ao animal e ao seu tutor.

Se popularizou também a adoção de paredes ou janelas de vidro na sala de banho e tosa para que o tutor possa acompanhar o que está acontecendo dentro da sala, isso é reflexo do cuidado dos donos em se certificar de que o animalzinho está sendo bem cuidado.

Outro diferencial do banho e tosa, pode ser uma espécie de Spa day, onde os animais tomam banho com música, massagens relaxantes, hidratação, iluminação adequada, dentre outros.

Procura por alimentação natural (AN)

O setor de Pet Food, voltado a alimentação dos pets, é o mais lucrativo do mercado pet com previsão de terminar o ano com um faturamento de R$ 33,4 bilhões.

A nutrição natural tem sido uma área que está em alta entre os tutores que querem oferecer uma melhor alimentação e qualidade de vida para seus bichinhos, geralmente contendo alimentos como peito e moela de frango, ovos, colágeno, legumes, grãos, dentre outros alimentos naturais. A expectativa é que o setor cresça 127% no ano de 2023.

Antes esse mercado era procurado em momentos de necessidade, quando o pet apresentava algum problema de saúde que exigia uma mudança de alimentação do animal, hoje esse cenário mudou, isso porque com o aumento pela procura de uma vida mais saudável, esses valores também se estenderam para os pets e os tutores estão antecipando essa alimentação antes do surgimento de uma necessidade.

Creches para animais domésticos

As creches para pets têm sido uma alternativa para aliviar o estresse do cão, do próprio dono e uma solução para os tutores que passam o dia fora de casa e não podem dar a devida atenção para seus bichinhos, principalmente pós pandemia, cenário em que os pets estavam acostumados a estar sempre perto do tutor e a ansiedade de separação se tornou um problema quando a rotina retornou à normalidade.

“Ao final da pandemia, percebi que novos nichos têm surgido com intensidade, como o caso das creches. Os tutores retornaram às suas atividades normais e por terem passado um longo tempo em casa, se sentem na “obrigação” de não os deixar sozinhos, por isto a crescente demanda por levar esses animais para as creches, onde eles passam o dia interagindo com outros animais e brincando” comenta Débora.

Em 2021 a procura por creches para animais teve um aumento de 200% e um faturamento de aproximadamente R$ 49,9 bilhões ao ano.

As creches podem oferecer uma variedade de atividades, serviços e mimos para os bichinhos: brincadeiras para gastar energia, atividades cognitivas, horário de alimentação, terapias como musicoterapia, acupuntura e cromoterapia, podendo até mesmo incluir brincadeiras na piscina.

Hotéis para pet

Um dos negócios de maior destaque são os hotéis para cães, uma ótima opção para quando o dono precisa se ausentar ou apenas para dar ao pet uma rotina diferente por alguns dias.

Os hotéis, que antes costumavam acomodar os pets em gaiolas, precisaram se moldar para atender as novas necessidades dos bichinhos de estimação que são tratados com mais carinho e cuidado.

Hoje, os hotéis para pets oferecem áreas e atividades para o lazer dos bichinhos, além de passeios e cuidados de profissionais de várias áreas, é como uma verdadeira colônia de férias.

Espaços petfriendly

Os tutores estão cada vez mais apegados aos seus animais e querem estar com eles durante suas atividades de lazer e rotina diárias também, por isso, estabelecimentos como shoppings, lojas, salão de beleza, restaurantes, hotéis, dentre outros tiveram que se adaptar para receber os animais.

Na teoria o termo petfriendly se refere não só a possibilidade do bichinho de estimação poder estar presente nos espaços junto ao seu tutor, mas também a existência de um espaço adequado para receber o animal.

Alguns restaurantes também têm incluído pratos exclusivos par aos bichinhos no cardápio, para que ele possa disfrutar de uma refeição junto com o seu dono no local.

Os hotéis, pousadas ou apartamentos para temporadas convencionais também precisaram se adaptar não só para receber o tutor, mas também para receber o bichinho. Esses locais que recebem animais domésticos (petfriendly) têm sido uma preferência entre os donos de animais, para viajar e poder levar o seu amigo junto sem preocupações.

Essas estadias têm sido uma tendência e a busca online por hotéis petfriendly cresceu 238% durante a pandemia, por isso é importante que esses locais estejam preparados para receber e oferecer essa possibilidade aos seus clientes.

Algumas prefeituras também têm implantado espaços pet nas praças da cidade, com cercado e brinquedos instalados a disposição do animal.

Enfim, essas são apenas algumas das oportunidades de negócio para o setor pet que está em constante e rápido desenvolvimento e cada vez mais aberto a receber novas ideias.

“Acredito que o mercado está pulsando, existem muitas oportunidades em vários segmentos correlacionados a pets em geral. Algo que tem me chamado atenção é a chegada de grandes players do segmento em Maceió, a exemplo da PETZ. As lojas oferecem tudo o que os bichinhos de estimação precisam, assim como as lojas locais. Isso mostra que o mercado local está bom e tem espaço. Por isso, a importância de estar sempre buscando inovar, capacitar seus gestores e funcionários, para que as oportunidades que surjam as empresas locais não fiquem para traz. Se há procura é porque tem demanda”, finaliza Débora.

Fonte: SEBRAE

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