A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denúncias de irregularidades na Secretaria de Saúde ouviu mais duas testemunhas nesta terça-feira (9). Falaram aos vereadores Marciano Ravanello, ex-presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde Vale do Jacuí, e a servidora municipal Rosângela Vargas, do Controle Interno do Executivo Municipal.
O ex-presidente do consórcio explicou que cabe aos municípios a fiscalização da execução dos contratos. Ele sugeriu que os vereadores conversem com o secretário executivo, que conseguiria esclarecer mais dúvidas à CPI sobre possíveis irregularidades.
Já Rosângela Vargas explicou que o Controle Interno investigou possíveis irregularidades no projeto TEAcolhe – programa do Governo Estadual que envia verbas aos municípios para o atendimento de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). A servidora reclamou da falta de respostas das secretarias de Saúde e de Educação, que nunca responderam solicitações de documentos do controle na atual gestão.
Quando questionada sobre quais irregularidades foram descobertas pelo controle, Rosângela citou o caso de uma pessoa que teve consulta registrada, mas disse que fazia anos que tinha ido ao TEAcolhe. “A gente fez a ligação e a pessoa do outro lado: ‘não, eu estive aí há muitos anos. Eu estive em atendimento pelo TEAcolhe, mas foi há muitos anos’”, destacou. “Chamamos as pessoas responsáveis e as pessoas diziam que a forma que era feita era assim e que o consórcio que determinava a forma como era pra ser feito”, concluiu Rosângela.