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Cpers x Governo: professores querem 28,78% de reajuste e salário em dia

 

 

 

Reuniu traçou estratégia de novos encontros. Fotos: Cpers Sindicato

 

Durou cerca de duas horas a primeira mesa de negociação entre o Cpers e o governador Eduardo Leite nesta segunda-feira (29) para tratar das reivindicações dos professores. Na pauta, salário em dia, reposição das perdas inflacionárias desde 2014 – somando 28,78% – e concurso público para professores e funcionários de escola foram reivindicações apresentadas e debatidas com chefe do Executivo.

“Nós colocamos a nossa pauta, o governo falou das dificuldades do Estado, mas em nenhum momento disse que não há alternativa”, avaliou a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, mesmo assim considerou o encontro positivo, pois foi aberta a possibilidade de avançar e um novo encontro está marcado para o dia 13 deste mês.

O governador reafirmou a intenção de pagar em dia até o fim do ano e disse não vislumbrar, no momento, alternativa para repor as perdas. “A demanda é legítima e justa, mas o foco do governo está todo em conseguir equilíbrio para pagar em dia. Tenho convicção de que 28,78% é impossível, mas estou aberto ao convencimento”, comentou Eduardo Leite. “Eventualmente, no esgotamento da negociação, poderemos chegar a algum reajuste, mas neste momento não vejo possibilidade”, concluiu.

ATENÇÃO

Os professores estão há 41 meses com os salários parcelados e/ou atrasados e sem reposição da inflação desde novembro de 2014. Além disso, as promoções e progressões de carreira estão congeladas por quase cinco anos, levando a um dramático achatamento salarial da categoria. “Estamos no limite da miserabilidade, há um alto índice de suicídios, o desgaste psicológico é insuportável. Nós não temos condições de continuar trabalhando com esse arrocho”, frisou Helenir.

A presidente também entregou o seu contracheque, com salário líquido de R$ 1.276,63, a Eduardo Leite e questionou: “Tenho 30 anos de magistério, governador. Lhe pergunto: 28,78% é muito em cima disso? Não queremos trabalhar com outra coisa. Queremos trabalhar com tranquilidade, pois amamos o que fazemos. Se fosse por dinheiro, fazer faxina seria melhor”, salientou.

Fonte: Cpers e Governo do Estado

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