A Câmara de Dirigentes Lojistas de Cachoeira do Sul (CDL) divulgou, neste sábado (4), sua análise sobre os decretos municipais e estaduais e seu impacto no funcionamento das empresas locais. Os documentos visam regrar medidas pelo enfrentamento contra a pandemia do novo Coronavírus (COVID-19).
Sobre funcionamento interno, a CDL argumenta que a principal mudança é a possibilidade de todas as empresas do varejo (comércio e serviços) voltarem a operar internamente, ou seja, sem atendimento aos clientes na empresa. “Desta forma, podemos remobilizar nossas equipes para contatar e promover negócios por telefone ou redes sociais, bem como prestar serviços sem necessidade de contato físico pessoal”, interpreta a entidade. “Não podemos, claro, nos esquecer dos procedimentos obrigatórios de higiene”, enfatiza.
Já a respeito do funcionamento com atendimento aos clientes nas empresas de Cachoeira do Sul, a CDL explica que seguem liberadas para atuação nas atividades essenciais que incluem o ramo de alimentação, saúde, segurança, insumos agrícolas e transportes.
Outras atividades são tratadas como exceção e podem fazer atendimento ao público nas empresas:
– Estabelecimentos industriais de qualquer tipo, inclusive da construção civil, vedado, em qualquer caso, o atendimento ao público que importe aglomeração ou grande fluxo de clientes
– Estabelecimentos comerciais que forneçam insumos às atividades essenciais ou à indústria, inclusive a da construção civil, vedado, em qualquer caso, o atendimento ao público que importe aglomeração ou grande fluxo de clientes
Ainda conforme a divulgação feita pela CDL de Cachoeira do Sul, o funcionamento sem atendimento aos clientes inclui a venda de forma remota (por telefone, site e redes sociais), fazendo a efetivação destas transações por tele-entrega (agora autorizada, de forma explicita, para todos as atividades do varejo). “Não pode mais atender na porta. Quinta podia, sábado não pode mais…. Mas a tele-entrega segue liberada”, ressalta a entidade cachoeirense.
A avaliação publicada pela CDL também trata do recebimento de crediário, lembrando que a única opção é contatar o cliente e ir até a casa dele, “forma de atendimento semelhante à tele-entrega”.
A publicação da entidade ainda isenta as autoridades sobre as decisões. “Na nossa interpretação, nesta altura dos acontecimentos, não teremos nenhum resultado em dirigir nossa indignação às autoridades públicas que, com poucas evidências científicas disponíveis, precisam tomar decisões no sentido da proteção à vida, prioridade que deve ser compartilhada por todos”, indica a mensagem assinada pelo presidente da CDL de Cacheira do Sul, Luís Renato Herzog. “Considero que nossa cobrança, neste momento, deve ser dirigida àquelas pessoas que, sem nenhuma necessidade, insistem em colocar a si mesmo e a todos, sob o risco do convívio social. Por enquanto, sempre que possível, fiquem em casa”, sugere o presidente da entidade.
Adequação das empresas
O aumento dos negócios através do atendimento não presencial já era uma tendência do mercado, segundo a CDL considera na sua manifestação. “Devemos responder a esta nova situação que nos foi imposta com criatividade e ação. Toda a evolução que consigamos implementar em nossos negócios para o atendimento virtual, certamente será positiva para a empresa, mesmo após o período de enfrentamento desta grave crise”, mobiliza Herzog. “Contem com nossa entidade. Nossa diretoria e equipe de colaboradores seguem à disposição dos nossos associados. Coragem, fé e determinação a todos”, completa o presidente da CDL.