O carnaval cachoeirense também tem sua história, cujos registros revelam, por exemplo, o grupo Pyrilampos, composto por homens fantasiados que saíram às ruas nos anos de 1900 para festejar o reinado de Momo. Naqueles tempos, somente os homens podiam sair às ruas em festejos carnavalescos. “O que não dá para garantir é que alguma corajosa mulher, sob a proteção de uma boa fantasia e providencial máscara, não tenha se inserido no animado bloco”, acentuou a historiadora Mirian Ritzel, que participou de entrevista no programa Conexão 99 – da Rádio Vale FM 99.1 -, na tarde desta segunda-feira (3):
Ainda de acordo com a historiadora, em 1904, o Clube Comercial, sucessor do Clube Cachoeirense, que foi fundado em 1899, passou a realizar bailes à fantasia. No ano seguinte, há o registro do Clube Diabo a 4, que surgiu para dar oportunidade de participarem das folias de Momo aquelas pessoas que não eram sócias de nenhum clube.
A partir de 1907, o Bazar Krahe, localizado na esquina da Rua Sete de Setembro com Travessa 24 de Maio, hoje Rua Dr. Sílvio Scopel, fazia propaganda de confetes, serpentinas, bisnagas, lança-perfumes, máscaras, narizes e barbas para quem quisesse participar do carnaval.
Em 1913, fundado o Clube Renascença no prédio que até hoje é conhecido como “União de Moços Católicos”, na Rua Sete de Setembro, começaram a ter destaque, os bailes de máscaras, com presença de famílias e foliões.