A principal ré do processo criminal da morte do professor Érico da Luz Ribeiro – crime ocorrido em 2002 – foi presa na manhã de quarta-feira (2) no município de Sarandi num ônibus da empresa Ouro e Prata que transportava passageiros de Rondonópolis (MT) para Porto Alegre. Ex-mulher da vítima, Juliana Colbeich da Silva, hoje com 43 anos, estava com prisão decretada pela condenação a 20 anos de reclusão por homicídio e ocultação de cadáver.
O coletivo foi abordado pela Polícia Rodoviária Federal na BR-386. Juliana foi presa durante a identificação dos passageiros. Ao consultarem no sistema integrado da Segurança Pública, os agentes da PRF constataram a existência do mandado de prisão e conduziram a mulher à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Sarandi.
Após o registro, Juliana foi recolhida ao Presídio Regional de Passo Fundo ainda no final da manhã. Ela já havia se comprometido a se apresentar à Polícia Civil de Cachoeira do Sul nesta quinta-feira (3) para cumprimento da pena. Ela deve ser recolhida ao Presídio de Cachoeira.
Na noite de segunda-feira (31), a mãe de Juliana e ex-sogra do professor Érico, Ana Lira Colbeich da Silva, 68 anos, já havia sido presa também por ter sido condenada pelo assassinato do ex-genro. A idosa recebeu a mesma condenação da filha, 20 anos de reclusão. As duas foram levadas juntas a júri popular em 2010. As condenações transitaram em julgado, ou seja, esgotaram-se as possibilidades de recurso no Judiciário brasileiro e os mandados de prisão para cumprimento de pena foram expedidos automaticamente.
O CRIME
O professor Érico foi morto em fevereiro de 2002 após ter sido sequestrado e torturado numa ação de quadrilha. O corpo dele foi encontrado amordaçado, em estado de decomposição e com os pés e mãos amarrados às margens da ERS-403, próximo à ponte sobre o Rio Botucaraí. Esse foi um dos crimes de maior repercussão das últimas décadas em Cachoeira do Sul.
Na época, as investigações da Polícia Civil concluíram que o assassinato foi motivado por uma disputa da guarda de uma filha de Érico e Juliana. Além de Ana Lira e Juliana, também foram condenados pelo mesmo crime os réus João Ismael Leão Colbeich e Cláudio Daniel Bittencourt Forrati, cada um a 18 anos e meio pelos mesmos crimes. Dentre outros investigados que também figuraram nas investigações, um faleceu e outros dois não chegaram a ir a júri por acordos feitos com a Justiça.