Certas vezes quando censuramos as pessoas por algo que elas tenham dito ou feito, não costumamos considerar os reais motivos que as levaram a falar ou agir de tal forma, então acionamos o nosso atento senso crítico, este sim, sempre pronto a se pronunciar em qualquer situação que envolva o julgamento e a consequente condenação de alguém, desde que não sejamos, normalmente, nós próprios e nossos atos.
É claro que essa suposta sensação de superioridade pode nos trazer no momento um aparente bem-estar. Porém, uma atitude assim tende ilusoriamente a nos situar acima do bem e do mal, na pretensa posição de donos da verdade. Mas quem sabe o que é certo e o que não é para outra pessoa com toda certeza? Como exigir que alguém diga ou faça o que nós achamos que deva ser dito ou feito só porque assim queremos? Da mesma forma, quando alguém nos critica, nos julga e já na sequência nos condena por algo que falamos ou fizemos, que conhecimento esse alguém tem sobre as íntimas razões, as circunstâncias e os sentimentos que nos motivaram a proceder assim?
Uma excelente oportunidade para preservarmos a harmonia, mesmo discordando das opiniões e atitudes de alguém, é sabermos nos colocar no lugar desse alguém, realmente, considerando inclusive a hipótese de que se estivéssemos na mesma situação, quem sabe não faríamos igual… ou ainda pior do que foi feito. Aliás, a prática de se colocar no lugar dos outros é uma das mais belas formas de tratarmos as pessoas como desejamos ser tratados, pois se gostamos tanto de ser compreendidos, é ideal compreendermos também.
O melhor de tudo é que a gente tem opção. A começar por concordar ou não com as afirmações acima.
Ótima semana, queridos leitores e leitoras!
Cleo Boa Nova é publicitário, palestrante, escritor, músico e comunicador, autor dos livros “A Nossa Vida é a Gente Quem Cria. Senão Não Seria a Nossa Vida” e “Viva Feliz o Dia de Hoje. Viva!” e autor-intérprete do CD “Paz e Alegria de Viver”.