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Com 11 regiões em bandeira preta, Estado suspende atividades entre 22h e 5h

Governador Eduardo Leite manifesta preocupação com o aumento do contágio no Estado / Foto: Reprodução/Facebook

O governo do RS decidiu, nesta sexta-feira (19), suspender atividades em locais público entre 22h e 5h a partir deste sábado (20). O motivo é o agravamento da pandemia de coronavírus no estado, com a classificação de 11 regiões em bandeira preta.

O governador afirmou, em transmissão ao vivo pelas redes sociais, que a piora nos indicadores, principalmente no aumento das hospitalizações por Covid-19, exigiu medidas mais rigorosas.

“O governo fez e faz todo esforço para ampliar os leitos de UTI. Aumentamos mais de 100%. Eram 930 antes da pandemia e são mais de 1,9 mil neste momento. Mas há uma limitação de infraestrutura e de recursos humanos. Não é infinita. Esbarra na formação de equipes de atendimento médico”, disse.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP-RS) se reúne, nesta sexta, com as forças de segurança do estado para assegurar o cumprimento do distanciamento em todas as cidades a partir deste fim de semana.

Volta às aulas

O cenário fez com que o governo suspenda o retorno às aulas presenciais na próxima segunda-feira (22). “É um quadro bastante critico. Prezamos a educação e defendemos as aulas, mas fica suspensa a atividade escolar presencial”, afirmou Leite.

O governador sustentou, no entanto, que vai pedir ao Ministério da Saúde que inclua os educadores entre os grupos prioritários da vacina, especialmente os professores com mais de 60 anos.

Cogestão

Além disso, o governo deve se reunir com a Federação das Associações de Municípios (Famurs) para estudar a suspensão do sistema de cogestão, que dá aos municípios a liberdade de adotar medidas menos restritivas em relação à classificação do estado.

Outra medida é a convocação do conselho formado por diversos setores econômicos do estado para definir protocolos que ajudem a conter o avanço crítico do contágio pelo coronavírus.

“É um crescimento muito mais rápido do que em ciclos anteriores”, pontuou Leite. “Estamos observando uma mudança no perfil dos internados. Não temos estudos para definir o que está causando isso, mas é uma realidade. Está ocorrendo um aumento de internações muito rapidamente e de pessoas fora da faixa de risco”, acrescentou.

 

 

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