Fundado para integrar diferentes nacionalidades e romper com o elitismo predominante na maioria dos times que existiam na Porto Alegre do começo do século XX, o Clube do Povo estabeleceu uma marca história na tarde do último domingo (23), quando a escalação mais estrangeira da história colorada foi a campo no empate sem gols diante do Bragantino. Ao todo, sete estrangeiros e dois jogadores com dupla nacionalidade representaram o Inter na partida.
Dentre os titulares do confronto disputado em Bragança Paulista, Renê e Alan Patrick eram os únicos jogadores exclusivamente brasileiros, uma vez que Johnny, com os Estados Unidos, e Wanderson, pela Bélgica, têm dupla nacionalidade. Argentina e Uruguai, países que fazem fronteira com o Rio Grande do Sul, também estiveram representados por dois atletas cada.
O goleiro Sergio Rochet, que disputou sua primeira partida pelo Inter, e o meio-campista Carlos de Pena, atleta do Clube do Povo desde a temporada passada, compunham a ala charrua da nominata alvirrubra, enquanto Fabricio Bustos, lateral-direito, e Gabriel Mercado, zagueiro, foram os argentinos escalados – vale lembrar que a quantidade de hermanos ficaria ainda maior se considerada a estreante comissão técnica de Eduardo Coudet.
A geografia colorada, porém, não ficou limitada à vizinhança gaúcha. O Chile, de Charles Aránguiz, a Colômbia, de Nico Hernández, e o Equador, de Enner Valencia, também encontraram no manto colorado um denominador comum em Bragança Paulista.
Desde o mês de fevereiro, os times que brasileiros podem escalar até sete jogadores estrangeiros por partida disputada em campeonatos locais. Antes, o limite era de cinco “gringos” relacionados por jogo. Atento à mudança na regra, o Clube do Povo buscou reforços que, além de acrescentar qualidade ao grupo, comprovam a essência congregadora do Colorado e, com eles, buscará atingir os objetivos traçados para o segundo semestre de 2023!
