O aplicativo e o site Celular Seguro, lançados nesta terça-feira (19), permitem bloquear o aparelho, a linha telefônica e os aplicativos bancários em poucos cliques. A plataforma funciona como um “botão de emergência” para impedir o acesso de criminosos a aplicativos financeiros e dados pessoais em caso de roubo ou furto de celulares já está disponível para a população. O desenvolvimento do app é de responsabilidade do Ministério da Justiça.
“Estamos construindo um botão de emergência, para que a pessoa rapidamente aperte e as operações fiquem bloqueadas, para que ela possa reorganizar sua vida com mais calma, sem ter a agonia de uma hora para outra parar sua vida para fazer 300 ligações para bloquear uma série de canais que expõem ela a crimes financeiros e golpes”, explicou o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em colaboração com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), concebeu a nova plataforma Celular Seguro. De acordo com Capelli, essa iniciativa visa diminuir a atratividade do crime e dissuadir a receptação de dispositivos roubados, um fator que contribui para a perpetuação desses delitos.
O propósito é converter o aparelho roubado em um “pedaço de metal inútil”. Ao bloquear rapidamente o dispositivo nas redes, a linha telefônica e o acesso bancário, a iniciativa reduz consideravelmente a atratividade do crime, proporcionando uma significativa diminuição nos índices de roubos e furtos, conforme destacou Capelli.
Em 2022, o 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública registrou 999.223 ocorrências de roubos e furtos de celulares no país. Entretanto, Capelli ressalta que a subnotificação ainda é expressiva devido aos obstáculos enfrentados pelos usuários para bloquear a linha e o aparelho.
Na terça-feira, foram formalizados acordos com instituições financeiras como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Santander, Itaú, Banco Inter, Sicoob, XP Investimentos, Banco Safra, Banco Pan, BTG Pactual e Sicredi. Além disso, foram estabelecidos protocolos de intenções com empresas renomadas, como Google, Uber, 99, Zetta e a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Ademais, a Conexis Brasil Digital e as operadoras Claro, Vivo e TIM aderiram ao aplicativo Celular Seguro.
COMO FUNCIONA A PLATAFORMA CELULAR SEGURO
O aplicativo estará disponível para sistemas Android e IOS a partir desta quarta-feira (20), mas o serviço já pode ser acessado através do site Celular Seguro do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O usuário, ao fazer o login por meio da conta gov.br, deverá cadastrar seu aparelho, incluindo número, marca e modelo. É possível cadastrar mais de um dispositivo, desde que a linha esteja vinculada ao CPF do usuário.
O sistema Celular Seguro possibilita o cadastro de uma ou mais pessoas de confiança, capacitadas para criar ocorrências em nome do usuário. Em caso de perda ou roubo, o usuário ou a pessoa de confiança pode registrar uma ocorrência pelo site ou aplicativo. Após detalhar a ocorrência, o sistema emite alertas para as instituições participantes, instruindo-as a tomar as medidas necessárias, como bloquear aplicativos financeiros, o aparelho e a linha telefônica.
O bloqueio da linha telefônica via chip estará disponível no aplicativo a partir de 9 de fevereiro. Até lá, será necessário continuar bloqueando a linha entrando em contato com a operadora de telefonia.
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