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Carpa de 28 quilos é pescada no Rio Jacuí, em Cachoeira do Sul

Carpa cabeçuda de 28 quilos e mais de um metro de comprimento foi capturada pelos pescadores Hélio e Rodrigo Barbosa, pai e filho / Fotos e vídeo: Família Barbosa/Divulgação

Carpa cabeçuda de 28 quilos e mais de um metro de comprimento foi capturada pelos pescadores Hélio e Rodrigo Barbosa, pai e filho / Fotos e vídeo: Família Barbosa/Divulgação

Uma carpa cabeçuda de 28 quilos foi pescada na noite da última terça-feira (19) na enchente do Rio Jacuí, em Cachoeira do Sul. O peixe se emaranhou numa rede de pesca colocada pelos pescadores Hélio Pinto Barbosa, 70 anos, e Rodrigo Rodrigues Barbosa, 34, na margem do mesmo lado da Praia Nova, de frente para a plataforma da empresa Pradozem, que antigamente pertencia à Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa).

Rodrigo relata que ele e o pai haviam ido retirar a rede da água na noite de terça-feira porque, com a cheia, o equipamento havia afundado no rio e não haveria como fazer apenas uma revisão sem fazer a retirada da malha do rio. “A gente decidiu ir arrumar a rede, ajeitar melhor, porque ela estava no fundo do rio, amarrada bem no fundo. No fundo a gente mal conseguia revisar porque a água estava muito ‘braba’ lá. Quando a gente retirou a rede pra cima, nos deparamos com ela”, conta o pescador.

Além da cabeçuda, também havia na rede uma capim e dois grumatãs. “Foi o maior peixe que nós já pegamos aqui. Até o pai, que é pescador mais antigo, nunca havia pescado um peixe desse tamanho”, conta Rodrigo. Fotos e vídeos de pai e filho retirando a carpa cabeçuda de dentro d’água, já na Praia Velha da Rua Moron, têm viralizado em grupos de WhatsApp dos cachoeirenses desde então.

CARPA CABEÇUDA PODE TER SAÍDO DE AÇUDE EM RAZÃO DA ENCHENTE

A carpa cabeçuda capturada na rede pelos pescadores Hélio e Rodrigo Barbosa pode ter ido parar no Rio Jacuí em razão de algum açude ou lagoa situado nas várzeas ter sido inundado pela enchente. Pai e filho ressaltam que, no Jacuí, são mais comuns outras espécies, como capim e húngara. A carpa cabeçuda é mais rara.

“É meio complicado de saber de onde veio, mas não é comum pescar uma carpa desse tamanho no Rio Jacuí. Pode ter acontecido de a água da enchente ter pegado algum açude ou lagoa. Às vezes também estoura a taipa de algum açude e elas acabam vindo para o rio. Mas o Jacuí também é cheio de carpa. Essa pode ser até do rio. Um bicho desse tamanho é mais difícil de pescar. No anzol, mesmo, não se pega. Já foram pegos vários exemplares de diversas espécies de carpa, mas não tão grandes quanto essa”, relata.

Por ser um exemplar muito grande de carpa cabeçuda, o animal foi todo fatiado em mantas de filé e colocado à venda em pedaços em bandejas embaladas a vácuo. O exemplar não chegou a ser medido, mas visualmente é possível estimar que passava de um metro de comprimento.

A cabeça do animal, cujo tamanho quase equivale ao de uma pessoa adulta, foi cortada e será empalhada pelos pescadores para ficar de recordação como o maior peixe já pescado até hoje pela Família Barbosa.

ASSISTA A UM VÍDEO DA CHEGADA DA CARPA CABEÇUDA DE 28 QUILOS À PRAIA VELHA DO RIO JACUÍ:

 

Cabeça do exemplar pescado no Rio Jacuí em Cachoeira do Sul será empalhada

Peixe de grandes proporções foi todo fatiado em mantas de filé para ser vendido em porções aos clientes da Peixaria Barbosa

Pescador Rodrigo Barbosa mostra com orgulho a carpa cabeçuda de 28 quilos capturada no Rio Jacuí

SAIBA MAIS SOBRE A CARPA CABEÇUDA

As carpas, de um modo geral, não são nativas do Rio Jacuí. Ou seja, esses peixes são considerados invasores. A carpa cabeçuda é uma espécie de peixe de água doce nativa dos grandes rios e lagos do leste da Ásia.

Possui cabeça grande e sem escamas, uma boca grande em comparação com outras espécies como a carpa espelho, húngara e capim. Seus olhos ficam localizados muito abaixo da cabeça. Os adultos geralmente têm uma coloração cinza ou prata com manchas ocasionais.

O comprimento típico é de 60 centímetros e tamanho máximo observado de 1,46 metro, até 40 quilos e pode viver até 16 anos. Esse peixe tem crescimento muito rápido, o que a torna um peixe de aquicultura lucrativo, além da pesca esportiva. Ao contrário da carpa comum, a cabeçuda é principalmente filtradora e consome preferencialmente zooplâncton, mas também fitoplâncton e detritos.

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