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Câmara rejeita as contas do último ano do Governo Neiron

Por apenas um voto, ex-prefeito Neiron Viegas não conseguiu escapar da reprovação das contas do seu último ano de mandato / Foto: Reprodução/Câmara de Vereadores de Cachoeira do Sul

 

A Câmara de Vereadores de Cachoeira do Sul rejeitou na sessão desta segunda-feira (3) as contas do ex-prefeito Neiron Viegas no exercício de 2016, último ano do mandato do petista no município. Com o placar, Neiron corre o risco de ficar inelegível. Para isso não acontecer, terá de apelar para a Justiça comum.

A votação teve 9 votos contrários ao decreto legislativo que previa a reprovação das contas e 6 favoráveis. Para se livrar da rejeição e permanecer em condições de eventualmente concorrer nas próximas eleições, Neiron precisaria de 10 votos contrários ao decreto da Câmara. Votaram pela reprovação das contas do último ano de mandato do petista os vereadores Magaiver Dias (PSDB), Antônio da Saúde (PSDB), Felipe Faller (União Brasil), Dudu Moyses (Podemos), Luis Paixão (PP) e Alex da Farmácia (Republicanos).

Neiron não pode comparecer à Câmara para acompanhar a sessão, pois encontra-se em casa recuperando-se de problemas de saúde. O advogado Edson Kurmann fez em plenário a sustentação oral em defesa de Neiron e garantiu que irá recorrer da decisão dos vereadores questionando o que classificou como votação intempestiva.

Segundo ele, desde 2020 já era de conhecimento da Câmara o parecer contrário do Tribunal de Contas do Estado para as contas de 2016 do ex-prefeito. Kurmann questiona o fato das contas terem ido à votação anos depois. “Com todo o respeito a esta casa, mas uma eventual decisão pela reprovação das contas será alvo de questionamento na Justiça. Os senhores estão aqui hoje julgando a honra de um homem, então votem como se fossem os senhores que estivessem sendo julgados”, defendeu Kurmann, antes da votação.

No entanto, vereadores como Dudu Moyses e Felipe Faller criticaram a gestão financeira do governo Neiron e rebateram o discurso de insuficiência financeira apurada em cerca de R$ 22 milhões em 2016, narrativa sustentada por apoiadores e pelo próprio advogado Edson Kurmann. O defensor do ex-prefeito afirmou que não houve ato de improbidade administrativa por parte de Neiron e que naquele período o governo enfrentou dificuldades financeiras por conta de prejuízos causados pelas enchentes no município.

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