O Rio Grande do Sul se prepara para enfrentar a quarta onda de calor do verão 2024/2025, fenômeno que também afeta outras regiões do Brasil. A previsão é de que as temperaturas alcancem a marca dos 40ºC nos próximos dias, trazendo desafios para a população.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o evento climático deve ter início entre o final desta semana e o começo da próxima, sem uma data exata definida. Já a Climatempo aponta que a onda de calor deve se estender de sexta-feira (28) até a quarta-feira (5), intensificando o calor durante o feriadão de Carnaval.
O que está causando essa nova onda de calor?
Especialistas explicam que esse evento extremo será impulsionado pela interação de dois sistemas de alta pressão atmosférica: um posicionado sobre o continente e outro sobre o oceano, conhecido como Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS). O sistema de alta pressão continental se formou sobre o Rio Grande do Sul, o norte da Argentina e parte do Paraguai. Ele atua em médios níveis da atmosfera, cerca de 5 mil metros acima da superfície, influenciando a circulação dos ventos e intensificando o movimento descendente do ar. Esse deslocamento impede a entrada de massas de ar frio e dificulta a formação de nuvens carregadas, resultando em céu aberto e temperaturas elevadas.
Paralelamente, o ASAS, que normalmente se posiciona mais próximo do continente africano durante o verão, está mais próximo da América do Sul devido ao aumento da temperatura do oceano Atlântico. Esse deslocamento precoce do sistema favorece ainda mais a permanência do calor intenso, já que também impede o avanço de frentes frias para o Brasil. (CONTINUA ABAIXO DA PUBLICIDADE)
Verão, sol forte e bloqueio atmosférico potencializam calor
Além dos sistemas de alta pressão, outro fator determinante para o calor intenso é a própria estação do ano. Durante o verão, a incidência solar sobre o hemisfério sul é maior, o que intensifica o aquecimento da superfície terrestre. Com a baixa nebulosidade e a ausência de frentes frias, os raios solares conseguem penetrar com maior força, contribuindo para a elevação dos termômetros.
Diante desse cenário, especialistas alertam para os riscos associados ao calor extremo, como desidratação, insolação e agravamento de doenças cardiovasculares e respiratórias. A recomendação é aumentar a ingestão de líquidos, evitar exposição prolongada ao sol nos horários mais quentes do dia e buscar locais mais frescos sempre que possível.
A nova onda de calor reforça a tendência de temperaturas acima da média que vem sendo registrada nos últimos meses, impactando diversas atividades econômicas e o cotidiano da população. A expectativa é de que os próximos dias sejam marcados por máximas expressivas, exigindo atenção especial com a saúde.
CLIQUE AQUI E ACESSE MAIS NOTÍCIAS
