No dia 1º de maio, Cachoeira do Sul integrou uma mobilização nacional em demonstração de apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Neste sábado (29), manifestantes em diversas cidades do país mostram contrariedade ao candidato eleito em 2018. Aliás, em Cachoeira do Sul, Bolsonaro venceu nos dois turnos: 27.015 votos contra 9.798 do petista Fernando Haddad em primeiro turno e 30.445 contra 15.395 no segundo.
Uma ampla vantagem, verdade. Mas suficiente para inibir uma manifestação local neste dia? Afinal, a justificativa de não promover mobilização por estarmos enfrentando um período de pandemia contaria a mesma iniciativa em caráter nacional. Ou seja, não fazer sob esse argumento não teria sentido. Ou que fosse realizada alguma mobilização com a orientação de seguir protocolos contra a Covid. Em março, na ação em favor de Bolsonaro, assim ocorreu, inclusive.
O fato é que Cachoeira ficou de fora da lista de cidades com grupos aderindo ao protesto contra o presidente. Outro fato é sua vitória nos dois turnos contra o indicado pelo PT para concorrer no pleito de 2018. Outro fato é que houve manifestação a favor de Bolsonaro em março, em adesão ao movimento nacional daquele dia. Cabe, então, a pergunta: Cachoeira é Bolsonaro?
