Cachoeira do Sul foi selecionada nesta sexta-feira, como uma das cidades qualificadas para receber uma unidade do programa “TEAcolhe” com a instalação de um Centro Macrorregional Autista dos Vales, pela Secretaria Estadual de Saúde. O Município foi contemplado juntamente com Pelotas na região Sul e Santa Rosa na região Missioneira. A unidade irá tratar de pessoas com transtorno do espectro autista e visa o desenvolvimento pessoal, à inclusão social e à cidadania e apoio às famílias.
A conquista de Cachoeira foi comemorada com muita alegria pelos vereadores Magaiver Dias (PSDB) e Antônio da Saúde (PSDB), juntamente com o delegado regional do partido Leandro Balardin, que levantaram esta bandeira desde a abertura do edital por parte do Governo do Estado. “É uma grande vitória para Cachoeira do Sul, parabéns à todos! Que possamos cuidar com mais amor dos nossos filhos”, comemorou Balardin.
Objetivos do TEAcolhe
Os objetivos do TEAcolhe são qualificar os profissionais das diferentes áreas de atendimento no tema do autismo, sensibilizar a sociedade quanto à inclusão da pessoa com autismo e da família e horizontalizar o atendimento multiprofissional integrado à pessoa com autismo e à família.
“Vamos nos empenhar para que essa política seja transversal e permanente, e que possa fazer a diferença na vida das famílias e de todos aqueles que terão assistência com qualidade nos centros regionais. Tenho certeza que colocará o Rio Grande do Sul na vanguarda de uma política que fará a diferença, porque atende a uma real necessidade. As pessoas terão acesso a uma política pública em defesa da vida, da infância até a parte adulta, com direito a um atendimento acolhedor, respeitoso, qualificado, estimulador e, acima de tudo, inclusivo” – secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann
Sobre o TEA
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) reúne desordens do desenvolvimento neurológico que começam na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta, como autismo infantil precoce, autismo infantil, autismo de Kanner, autismo de alto funcionamento, autismo atípico, transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação, transtorno desintegrativo da infância e a síndrome de Asperger.
Há dois critérios para o diagnóstico do TEA: déficit na reciprocidade socioemocional (seja na comunicação não verbal ou na interação social) e presença de comportamentos restritos e repetitivos.
A diferença entre os transtornos é o grau, dentro do espectro autista, uma vez que é possível que pessoas com TEA apresentam desde pequenas dificuldades de socialização até afastamento social, deficiência intelectual e dependência de cuidados ao longo da vida.
Saiba mais: Estima-se que, em todo o mundo, uma em cada 160 crianças têm TEA. Essa estimativa representa um valor médio, e a prevalência relatada varia substancialmente entre os estudos. Algumas pesquisas bem controladas têm, no entanto, relatado números que são significativamente mais elevados. A prevalência de TEA em muitos países de baixa e média renda é até agora desconhecida.