Cachoeira do Sul declara guerra contra a dengue

14 de março de 2025 - Crédito: Ass. Com.

 

 

Uma reunião ocorrida na manhã desta sexta-feira (14), com a presença do prefeito Leandro Balardin, mobilizou técnicos das secretarias municipais da Saúde, Meio Ambiente e Infraestrutura Urbana para a reativação do Comitê Municipal de Enfrentamento às Arboviroses e criação do Centro de Operações de Emergência (COE).

 

Na apresentação do plano municipal de contingência, a titular da Saúde, Camila Nunes Barreto, destacou quais as ações serão priorizadas pela força de trabalho no combate à dengue, todas aliando o esforço técnico do setor público ao engajamento comunitário na guerra contra a doença. “Trata-se de um desafio coletivo, num contexto de pré-epidemia, que só poderemos enfrentar com a participação efetiva dos cidadãos, através de cuidados práticos e regulares que precisarão ser incorporados à rotina doméstica de cada um de nós”, destacou a titular da SMS.

 

As ações de promoção em saúde, que fazem parte dos mutirões contra a dengue nos bairros (como o ocorrido na última quinta-feira no Santa Helena), preconizam medidas essenciais de controle como a limpeza das áreas externas dos imóveis, o descarte de entulhos e objetos sem uso depositados nos pátios e, ainda, o monitoramento e eliminação periódicos de focos de água parada, ação esta apontada pelo Ministério da Saúde como a principal forma de erradicação do mosquito. Em avaliação do cenário epidemiológico estadual, Cachoeira do Sul tem registrado evolução rápida do volume de positivados (em uma semana o número de casos evoluiu de 27 para 42), já configurando posição de alerta da saúde pública.

 

PREVENÇÃO, CONTROLE E TRATAMENTO

Durante o planejamento atualizado do comitê das arboviroses, foram definidas linhas de ação concomitantes. Mais que a delimitação e bloqueio das áreas afetadas pelo Aedes aegypti e o monitoramento da evolução dos casos de dengue (atividades já diariamente implementadas pelas vigilâncias em saúde), o Centro de Operações de Emergência mobiliza as pastas da Saúde, Meio Ambiente e Infraestrutura Urbana para o envolvimento comunitário (uma das estratégias será envolver a comunidade escolar na disseminação das orientações técnicas), o reforço das estrutura de limpeza e remoção dos entulhos diretamente nos bairros (um caminhão da Secretaria do Meio Ambiente apóia os mutirões e percorre as ruas visitadas para o recolhimento dos entulhos) e a organização da rede assistencial, que define os fluxos integrados de diagnóstico e tratamento da dengue, envolvendo a atenção básica (postos de saúde), Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Hospital de Caridade e Beneficência (HCB).

 

O comitê já estuda – e priorizará a implementação conforme a evolução epidemiológica – a viabilidade de descentralizar medidas de hidratação e aplicação de medicamentos nos postos de saúde, a partir da criação da Comissão de Farmácia e Terapêutica e por meio de nota técnica, dar respaldo ao processo e habilitar um serviço de saúde central em turno estendido como forma de atacar uma possível superlotação da UPA, por exemplo.

 

RETAGUARDA DO PREFEITO

Em sua participação no encontro que criou o Centro de Operações de Emergência, o prefeito Leandro Balardin ratificou seu compromisso em alinhar a ação conjunta entre as secretarias, colocando o seu gabinete e a Procuradoria Jurídica na retaguarda do plano municipal de contingência por meio da criação de decreto específico, agilização dos processos burocráticos que envolvem a compra de materais e equipamentos e configuração de equipes extras de trabalho.

 

Outra iniciativa anunciada pelo prefeito e que já se encontra em andamento é a revisão da legislação municipal que respaldará o Executivo nas medidas necessárias que envolvam terrenos baldios e imóveis abandonados na guerra contra a dengue. Através de um instrumento jurídico atualizado, o Município pretende agir com mais rigor na notificação e emissão de multas no que se refere à limpeza das áreas que oferecem risco à saúde pública.

 

Quais medidas priorizar nos imóveis para conter a dengue?

A principal medida de combate ao mosquito é a desobstrução de locais onde há água parada – vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção e até mesmo tampinhas abandonadas. Nesses locais, ocorre a reprodução do Aedes aegypti e a proliferação de larvas. Veja as ações recomendadas:

* remoção de recipientes que possam se transformar em criadouros de mosquitos;

* vedação dos reservatórios e caixas de água;

* desobstrução de calhas, lajes e ralos;

* participação na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).