Cabanha de Cachoeira começa a se destacar na ovinocultura

Por
Cabanha de Cachoeira começa a se destacar na ovinocultura
RURAL
4 de fevereiro de 2022 - guilherme bampi - foto Imagens Gaúchas

Agropecuarista Guilherme Bampi começa a pavimentar um caminho de relevância na criação de ovinos / Foto: Imagens Gaúchas/Divulgação

 

Uma cabanha de Cachoeira do Sul vem pavimentando um caminho rumo à excelência na criação de ovinos de alta genética. A Agropecuária Bampi trabalha com lavouras de soja e milho, confinamento de gado, criação de galinhas de postura e, mais recentemente, introduziu em seus sistemas de produção ovinos da raça Texel.

O agropecuarista Guilherme Bampi relata os motivos pelos quais optou pela raça Texel. “Sou realmente apaixonado por esta raça. Gosto da sua forma, rusticidade, biotipo e principalmente a qualidade de carcaça, quando acasalada com a genética inglesa”, explicou Bampi. Além da localidade de Cordilheira, em Cachoeira do Sul, a Agropecuária Bampi possui também sede em Farroupilha, na Serra Gaúcha.

Por dois anos consecutivos, a Agropecuária Bampi levou prêmios na Expovinos, evento que acontece anualmente no Parque Dr. Ivan Tavares, em Cachoeira do Sul. Selecionou para a disputa seis borregas Texel, divididas em dois trios.

[themoneytizer id=”89498-1″]

 

Na edição de 2021, a cabanha teve o lote campeão e também o reservado de grande campeão da raça. Na sequência, quando foram julgados os melhores de cada raça, as borregas da Bampi venceram de novo e foram trio supremo campeão, disputa realizada entre todas as raças presentes na exposição.

Segundo o criador Guilherme Bampi, este foi o resultado de nove anos de seleção genética, estudos e dedicação. Bampi lembra que até 2011, criava ovinos apenas para consumo próprio, e eram animais sem raça definida. “A partir de 2011, comecei a me interessar mais pela ovinocultura, percebendo uma deficiência muito grande no mercado de ovinos, principalmente quanto à qualidade da carne de cordeiro”, disse.

O agropecuarista ressalta que o trabalho na cabanha é desempenhado não só por ele, mas por toda a família. “Tenho o apoio de toda a minha família, principalmente da minha esposa e das minhas filhas, que desde muito pequenas demonstram gostar bastante de ovelhas. Tento criar a Maria Valentina, 4 anos, e a Maria Vitória, 2, nesse ambiente, pois além de ser saudável pode ser muito lucrativo. Então tento unir as duas coisas, trabalho e lazer. Espero que elas sigam esse caminho, afinal, vão ter um rebanho de ponta para dar continuidade, ainda mais que o mercado de ovinos cresce de forma exponencial. O agronegócio está em alta e o mercado de ovinos, muito aquecido” destaca.

Atualmente a Agropecuária Bampi tem cerca de 60 matrizes, que são comercializadas para quem busca a genética produzida pelo criatório, visando qualidade na produção de campeões. “Vou praticamente todos os dias acompanhar o meu rebanho e gosto de ver o desenvolvimento dele dia a dia. Gosto de executar todos os manejos, desde o aparte dos cordeiros, vacinas, dosagem e acompanho a nutrição, essa, acredito ser um dos principais caminhos do sucesso”, compartilhou o agropecuarista Guilherme Bampi.

 

FIQUE POR DENTRO:

Segundo Associação Brasileira de criadores de Ovinos (Arco), a ovinocultura encontra-se em franco crescimento. Existe uma perspectiva de aumento do rebanho, não só o gaúcho, mas de todo o Brasil. O Rio Grande do Sul já teve, na década de 1970, a mesma população de ovelhas de hoje no país, em torno de 13 milhões de animais. O último Censo Agropecuário do IBGE revelou números preocupantes para o setor, estimando o rebanho gaúcho em 3 milhões de cabeças, quantidade que o setor pretende elevar para 3,5 milhões ainda neste ano.