BR-153: recuperação provisória da rodovia completa 30 dias

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BR-153: recuperação provisória da rodovia completa 30 dias
CACHOEIRA DO SUL
11 de junho de 2024 - Trecho de sete quilômetros necessita de projeto de restauro para recolocação da camada de asfalto. Foto: Divulgação

A recuperação provisória da BR-153, em Cachoeira do Sul, realizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para permitir emergencialmente a passagem de veículos em um trecho destruído pela enchente do Rio Jacuí, completa 30 dias nesta sexta-feira (14). A obra possibilitou a retomada da ligação da cidade com a BR-290, no entanto, o que agora chama atenção é que não existe de parte do poder público e de lideranças uma cobrança efetiva junto ao Dnit para a obra de restauração definitiva da rodovia.

O trecho afetado pela enchente do Rio Jacuí tem no centro a Ponte do Fandango e deixou Cachoeira do Sul isolada de 1º a 13 de maio. É bem verdade que o Dnit providenciou uma força-tarefa para a recuperação provisória da BR-153, o que permitiu que no dia 14 de maio, às 10h, o trânsito fosse liberado rodovia.

Agora, com o Rio Jacuí em seu leito, o Dnit precisa reconstruir o trecho da BR-153 afetado. A obra não pode ficar no esquecimento. Inicialmente, é necessária fazer a contenção das laterais da rodovia em uma área de várzea o que exigirá muitas cargas de pedras e terra. Após a conclusão de trabalho é que o órgão federal então vai se decidir pela colocação de uma nova camada de asfalto, ainda sem nenhuma previsão de acontecer.

O trecho atingido pela enchente, fica entre o Bairro Fátima – entrada/saída da cidade – e o acesso da localidade de Porteira Sete. No meio deste trajeto está a Ponte do Fandango, que desde 2021 está em meia pista devido ao aparecimento de uma rachadura em sua estrutura de concreto. O projeto de uma nova ponte já foi definido pelo Dnit com a contratação de empresa para realizar a obra.

RODOVIA ESTÁ SOBRE UM ATERRO EM ÁREA DE VÁRZEA

No trecho recuperado em Cachoeira do Sul, onde havia asfalto, hoje existem alguns buracos, muita terra, pedras e exige atenção dos motoristas, por isto, o tráfego no local está restrito até 18 toneladas assim como pela Ponte do Fandango através do sistema Pare/Siga.

A área ficou pelo menos duas semanas submersa. Em todas as cheias do Rio Jacuí, a região fica alagada. Desta vez, no entanto, a força da água inesperadamente avançou ao leito da Ponte do Fandango e à BR-153 onde provocou destruição do aterro. A região ao redor é de várzea e usada anualmente para o plantio de lavouras de arroz.

PONTE AVARIADA, SETE QUILÔMETROS DE RODOVIA E O FIM DO ISOLAMENTO

Desde o início da cheia do Jacuí que teve seu auge no final de abril e começo de maio, período que foram registrados 900 m de chuva no município, Cachoeira do Sul ficou isolada por via terrestre. Possíveis danos na ponte sobre o Banhado Castaganino – área onde se encontra o trecho afetado da BR-153, também foram constatados e, por isto, o Dnit teve que agir rapidamente. Ao todo, foram sete quilômetros de rodovia danificados em Cachoeira.

Segundo o Dnit, a recuperação provisória da rodovia integra a rota provisória que permite a ampliação da circulação de veículos emergenciais, apoio e suprimentos pela rodovia no sentido Cachoeira do Sul – BR-290. Com o trecho liberado, Cachoeira do Sul retomou a interligação por vias terrestres com municípios das regiões Metropolitana, Fronteira, Sul e Central do estado.