O Corpo de Bombeiros de Cachoeira do Sul continua nesta sexta-feira (15) com o trabalho de buscas a um homem desaparecido após o barco em que ele estava virar na tarde desta quinta-feira (14) no Balneário Irapuá. Um casal que também estava na embarcação foi resgatado poucas horas depois pela equipe de resgate e salvamento, mas um terceiro indivíduo que estava na canoa movida a motor foi levado pela correnteza e não foi mais visto.
O homem que sobreviveu conseguiu nadar para uma área segura e, por telefone, acionou o Corpo de Bombeiros. A mulher só se salvou porque se segurou em galhos de árvores. O casal foi levado ao Hospital de Caridade e Beneficência. A mulher apresentava quadro de hipotermia.
Por enquanto, não há confirmação oficial sobre a identificação do homem desaparecido. Um registro sobre o desaparecimento foi lavrado na Polícia Civil, mas não tem detalhes.
A única informação que há sobre o homem até o momento dá conta de que ele seria morador do Bairro Santo Antônio e que seria vizinho do casal. O homem e a mulher que sobreviveram teriam casa no Balneário Irapuá, segundo informações preliminares.
O trabalho de buscas do Corpo de Bombeiros deve se estender até o começo da noite. Como a região é bastante remota com centenas de hectares alagados pela enchente dos rios Jacuí e Irapuá e de lagoas dos arredores, são muitas as dificuldades que envolvem o trabalho do Corpo de Bombeiros. Soma-se a tudo isso a dificuldade de contato pela deficiência do sinal de celular. Por enquanto, as buscas são feitas de maneira superficial, com uso de equipamentos especiais.
Balneário Irapuá debaixo d’água: região está totalmente alagada e trabalho de buscas do Corpo de Bombeiros tem de ser feito por embarcação / Fotos: Divulgação
BALNEÁRIO IRAPUÁ ESTÁ TODO DEBAIXO D’ÁGUA
A enchente do Rio Irapuá toma conta de toda a várzea da localidade do Seringa. Tanto as várzeas quanto a estrada principal que dá acesso ao Balneário Irapuá estão debaixo d’água, sendo possível o acesso ao local apenas por barco.
Em períodos de enchente, é comum que pessoas se aventurem pelo local para pescar, ignorando os riscos que envolvem esse tipo de atividade em situações de cheia. Na localidade, casas de veraneio estão debaixo d’água em razão do encontro das águas do Rio Irapuá, do Rio Jacuí e de lagoas que inundam toda a região.
Câmeras de segurança de residências mostram o local todo inundado.
