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Bolsonaro qualifica como “inadmissível” bloqueio do Telegram no Brasil

Decisão do ministro Alexandre de Moraes (à esquerda) atinge diretamente o presidente Bolsonaro, seus filhos e apoiadores / Foto: Marcos Corrêa/PR/Arquivo

 

A decisão de bloquear no país o aplicativo Telegram, tomada nesta sexta-feira (18) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, causou indignação no presidente Jair Bolsonaro. Moraes determinou a suspensão “completa e integral” da rede social no Brasil a pedido da Polícia Federal.

Para Bolsonaro, a decisão do ministro pode até mesmo provocar mortes. “Olha as consequências da decisão monocrática de um ministro do Supremo”, disse o presidente, durante encontro promovido por uma igreja evangélica.

Pelos cálculos de Bolsonaro, 70 milhões de pessoas usam o Telegram. “É inadmissível uma decisão dessa natureza. Porque não conseguiu atingir duas ou três pessoas que, na cabeça dele, deveriam ser banidas do Telegram, ele atinge 70 milhões de pessoas, podendo causar óbitos pela falta do contato paciente-médico”, alertou.

Na prática, a decisão de Moraes atingiu diretamente Bolsonaro e seus apoiadores. O presidente tem um canal com 1.086 milhão de seguidores no aplicativo. Além disso, há os perfis administrados por seus filhos – o senador Flávio (PL-RJ), o deputado Eduardo (União Brasil-SP) e o vereador Carlos (Republicanos-RJ).

O magistrado justificou a decisão com base no descumprimento de medidas judiciais anteriores, que exigiam ações como o bloqueio de perfis ligados ao blogueiro bolsonarista Allan do Santos, assim como a suspensão da monetização de conteúdos produzidos por essas contas.

O advogado-geral da União, Bruno Bianco, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de medida cautelar para tentar reverter a ordem de bloqueio do Telegram no Brasil.

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