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Balsa do São Lourenço deve ficar toda a semana fora de operação

Balsa do São Lourenço: impasse deixa região produtora de Cachoeira do Sul sem importante rota de deslocamento / Foto: Arquivo OC

 

Deve se estender por mais tempo do que o esperado o impasse envolvendo a balsa do São Lourenço e a Marinha do Brasil para viabilizar a travessia de veículos no Rio Jacuí, na Região Oeste de Cachoeira do Sul. A vistoria aguardada para esta terça-feira (27) acabou não acontecendo e espera-se que o procedimento aconteça nesta quarta-feira (28), por técnicos federais.

De acordo com o empresário Edi Simon, proprietário da balsa, a operação de retirada da embarcação da água deve ser executada na manhã desta quarta-feira para que seja feita a vistoria, prevista para ocorrer à tarde. Nesta terça, um engenheiro da Marinha viajou de São Paulo a Cachoeira do Sul para acertar as tratativas da vistoria.

“O problema é que estou sozinho tentando resolver esse impasse da maneira como posso. Cheguei a pensar que a Prefeitura iria me ajudar tentando agilizar politicamente uma solução junto à Marinha, mas não obtive esse retorno. A balsa não é um problema só meu ou da comunidade do São Lourenço, é um problema de Cachoeira”, explica Simon.

Segundo o proprietário da balsa, se tudo der certo e a vistoria acontecer ainda nesta quarta-feira, o laudo técnico deverá ser encaminhado para análise da Marinha em São Paulo, trâmite que deve demorar de dois a três dias. Em resumo, Simon estima que as operações da balsa do São Lourenço permanecerão interrompidas pelo menos até segunda-feira (3), na melhor das hipóteses.

A VISTORIA

Ainda de acordo com o proprietário da balsa, esse tipo de vistoria é de rotina e acontece a cada cinco anos. A Marinha exige que seja feita uma vistoria na parte inferior da estrutura, o que exige que a balsa seja retirada da água.

Ele discorda da metodologia adotada pela Marinha para execução do trabalho. “O mais correto seria que recebêssemos uma notificação prévia, para que pudéssemos organizar a operação de retirada da balsa da água da maneira mais adequada e sem tantos prejuízos aos usuários”, ressaltou Simon.

A interdição aconteceu por volta das 17h desta segunda-feira. Desde então, veículos pesados, carregados com grãos, por exemplo, para chegar ou sair de Cachoeira precisam usar rotas alternativas, como as estradas do interior até a BR-153 e BR-290, pois a Ponte do Fandango também encontra-se interditada para caminhões pesados.

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