Palito expôs o lixo recolhido para chamar atenção da população. Fotos: Cacau Moraes.
Um cachoeirense, atleta da canoagem, com um grupo de jovens e amigos dá um exemplo de preservação ao meio ambiente, especialmente, ao Rio Jacuí. Paulo Ricardo Barbosa Cruz, o Palito, expôs neste final de semana o que foi recolhido de lixo das margens do rio. “Um descaso, uma vergonha”, disse Palito, que nesta segunda-feira (9) espera que a Secretaria do Meio Ambiente realize a retirada do lixo recolhido.
“Respeite o rio”. A expressão estava em uma placa de madeira no meio do entulho. “É para chamar atenção, porque é inadmissível que as pessoas desfrutem desta riqueza natural que é o Rio Jacuí e joguem lixo por todo lado em suas margens”, salientou, acrescentando que se houvesse conscientização, não haveria lixo e esgoto no rio.
O lixo recolhido – plástico, lonas, cadeiras, papelão, carcaça de impressora, garrafas pet, copos, papel, vidro – está à mostra no final da Rua Moron, na Praia Velha, onde registrou neste domingo (9) intenso movimento de veranistas. Alguns até falaram com Palito sobre a campanha que realiza, outras passavam, olhavam e iam embora.
Palito, que mora nas proximidades do Jacuí e há 16 anos se envolve com a canoagem e com a preservação do Jacuí, revelou que diariamente se depara com o mau comportamento das pessoas. “Tanto faz se dia ou noite, o que a gente observa a falta de preocupação com meio ambiente”, destacou. No seu entendimento, quem se dirigir à Praia Velha ou à Praia Nova – com acesso pela BR-153- deveria portar uma sacola plástica para recolher o seu lixo. “Não custa nada fazer isto”, observou.
ATENÇÃO
O lixo jogado no Rio Jacuí foi encontrado em suas margens e, em alguns pontos, já dentro d’água. No ano passado, por exemplo, a Secretaria do Meio Ambiente em um mutirão no Bairro Aldeia, onde a Sanga da Inês deságua no Jacuí, recolheu cerca de 30 pneus, afora plástico e entulho.
