Caso Maritiane: Polícia intensifica investigações e encontra divergências nos depoimentos de suspeitos e de testemunhas / Foto: Divulgação
A Polícia Civil intensificou nesta segunda-feira (7) as investigações em torno do assassinato da jovem Maritiane Duarte Carvalho, de 28 anos, que foi ferida a tiro e facadas na última sexta-feira (4) no Bairro Bom Retiro, na zona leste de Cachoeira do Sul. A linha de investigação adotada pela Polícia é de que o homicídio foi provocado por uma rixa entre os agressores e a vítima, pois há registro de uma ocorrência do final de outubro que aponta que uma casa foi danificada a pedradas numa confusão entre essas mesmas pessoas.
De acordo com o delegado Rodrigo Marquardt da Silveira, três suspeitos do crime – duas mulheres, irmãs de 33 e 43 anos, e um homem de 46 – foram ouvidos nesta segunda-feira. Eles alegaram que agiram em legítima defesa, porque Maritiane teria lhes atacado com uma faca e que, em razão disso, desferiram as facadas e pelo menos dois tiros na jovem.
EM DEPOIMENTOS, SUSPEITOS DIVERGEM DE TESTEMUNHAS
Durante o final de semana, duas testemunhas foram ouvidas pela Polícia Civil, e outras três nesta segunda-feira. De acordo com o delegado Rodrigo Silveira, os cinco depoimentos divergem das versões apresentadas pelos suspeitos. Segundo esses relatos, ninguém viu Maritiane partir para o ataque contra os seus agressores.
O delegado aguarda o laudo da necropsia do Posto Médico Legal de Cachoeira do Sul que apontará exatamente quais os ferimentos que provocaram a morte de Maritiane. Ela teria sido abordada por um homem Preliminarmente, o que se sabe é que a vítima perdeu um rim em razão das facadas. Isso teria sido determinante para a morte dela.
Maritiane teria sido abordada quando se dirigia para casa, que fica na Travessa Zumbi dos Palmares. Enquanto ela caminhava pela Rua Manoel Marques Torres, por volta das 21h15min, nas imediações de um bar, um homem desceu de um carro e teria dado tiros em suas pernas.
A jovem teria sido arrastada com a ajuda de duas mulheres para uma área de vegetação, onde as facadas teriam sido desferidas. Na sequência, ela foi socorrida e encaminhada num carro particular para o Hospital de Caridade e Beneficência, onde faleceu horas depois, na noite de sábado.
CASAS FORAM DANIFICADAS EM OCORRÊNCIA ANTERIOR
Na noite do último dia 29 de outubro (sábado), a Brigada Militar teve de ser acionada para conter uma confusão no Bairro Bom Retiro e conduziu pessoas suspeitas de terem matado Maritiane e a própria vítima à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). A ocorrência policial aponta que Maritiane teria apedrejado a casa de uma das pessoas suspeitas. Uma ocorrência de dano em residência foi registrada na DPPA e os envolvidos foram liberados.
Até o momento, o maior mistério em torno do caso é a motivação que desencadeou essa desavença entre Maritiane e os seus agressores. delegado Rodrigo Silveira considera o caso praticamente esclarecido e espera remeter o inquérito com os indiciamentos por homicídio qualificado ao Judiciário já nos próximos dias.