As provas que incriminam os assassinos do taxista Morales

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As provas que incriminam os assassinos do taxista Morales
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2 de fevereiro de 2020 - roupas homicídio Rogério Morales

Pertences da vítima recolhidos na casa do casal que confessou o crime estão entre os elementos de prova / Foto: BM/Divulgação

Assim que tomaram conhecimento do assassinato do taxista Paulo Rogério da Rosa Morales, ocorrido na madrugada deste sábado (1º) em Cachoeira do Sul, a Brigada Militar e a Polícia Civil deram início a um trabalho de troca de informações e começaram a fazer um mapeamento para chegar aos autores do primeiro homicídio registrado na cidade em 2020. As primeiras diligências já indicaram que o crime foi cometido por um casal que, após matar a vítima, teria fugido com o táxi para Novo Cabrais.

A informação foi confirmada ainda pela manhã, quando o táxi foi encontrado abandonado numa estrada rural, no limite dos dois municípios. Durante patrulhamento, a BM de Novo Cabrais localizou o casal, pouco antes do meio-dia. Júnior Vanderlei Viana, de 19 anos, e a namorada, de 16, confessaram o crime aos policiais militares, que imediatamente acionaram a Polícia Civil e a Brigada Militar de Cachoeira do Sul.

 

As provas colhidas até o momento

PERTENCES DA VÍTIMA

Em buscas na residência onde mora o casal, os policiais encontraram roupas e um par de tênis da vítima, com vestígios de sangue, bem como um canivete possivelmente usado na execução do homicídio.

A DELAÇÃO

Diante dos policiais, em depoimento formal, Viana confessou o crime e afirmou ter agido a mando de Cesaro Henrique Morinel Brandão, de 38 anos. O jovem afirmou que Brandão encomendou a morte de Morales por conta de um desentendimento que teve com o taxista.

A PRISÃO DO SUPOSTO MANDANTE

O suposto mandante foi preso pela Polícia ainda neste sábado pelo crime de tráfico de drogas. Na casa onde ele reside, nas imediações do Passo do Moura, os agentes apreenderam 20 gramas de cocaína e uma balança de precisão. Brandão nega envolvimento no homicídio.

PERÍCIA DURANTE TODA A MADRUGADA

Além do trabalho de coleta de provas feito pela Polícia Civil e pela Brigada Militar, a atuação do Instituto Geral de Perícias (IGP) também será peça chave no desenrolar do inquérito policial e do processo criminal que os assassinos irão responder. Técnicos do IGP deslocaram-se de Santa Maria e trabalharam durante toda a madrugada de sábado fazendo levantamento fotográfico e coleta de materiais no local do crime.

POSSÍVEL JÚRI POPULAR

O trabalho pericial é fundamental para que os investigados sejam levados a júri popular após o fim da instrução do processo criminal. A tendência é que os assassinos sejam levados ao banco dos réus pelo crime de homicídio qualificado, cuja pena varia de 12 a 30 anos de reclusão em caso de condenação. Considerando que o Código de Processo Penal prevê que pelo menos dois quintos da pena sejam cumpridos em regime fechado nos casos de crimes hediondos, o tempo efetivo atrás das grades para este homicídio deve variar de 4 anos e meio a 12 anos.