O Dia de Campo Estadual do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), com o tema de “80 anos do Irga na orizicultura gaúcha”, ocorreu nesta quarta-feira (22) na Estação Experimental do Arroz (EEA) da autarquia, em Cachoeirinha. O evento recebeu cerca de 1,2 mil pessoas.
No começo do evento foi servido café da manhã aos visitantes e logo após começaram as apresentações propostas no roteiro desenvolvido pela equipe da EEA, com a finalidade de demonstrar ao produtor os resultados das pesquisas desenvolvidas.
No início do roteiro, alusivo ao aniversário de 80 anos do Instituto, foi exposta uma área de 4mx10m com cultivares que marcaram a história do Irga, denominada de “Túnel do tempo”, com o manejo correspondente à época em que foi utilizada. “O Dia de Campo Estadual do Irga, alusivo aos 80 anos, foi muito importante para o Instituto para validar todo esse trabalho feito durante anos, com o objetivo de autenticar nossas variedades e ver o quanto serão importantes ao nosso produtor, como os manejos, a integração lavoura pecuária, a importância da soja e de fazermos o controle de invasores precocemente. Tudo isso o produtor pôde ver hoje e levar todo esse conhecimento adquirido de imediato para a próxima safra”, ressaltou o presidente do Irga, Guinter Frantz.
Foram instauradas arquibancadas no campo para receber o público interessado em cada estação preparada. Ao todo, quatro estações técnicas foram apresentadas.
A primeira, denominada de “Genética Irga”, foi apresentada pelos pesquisadores Oneides Avozani e Daniel Waldow, o consultor técnico do Irga Carlos Mariot e Yamid Sanabria, do Fundo Latino-Americano de Arroz Irrigado (Flar). Eles abordaram temas como materiais promissores, nova cultivar, resistência à brusone na genética Irga e manejo de brusone. O público pôde observar linhagens promissoras como IRGA 424 RI e IRGA 431 CL.
“IRGA 431 CL” foi o tema da segunda estação, onde os pesquisadores Roberto Wolter, Glaciele Barbosa, Fernando Fumagalli, o engenheiro agrônomo Marcelo Ferreira Ely e o técnico superior orizícola Gelson Facioni enfocaram no manejo da cultivar para expressão da máxima produtividade e da excelência em qualidade de grãos.
Na terceira estação, “Soja em terras baixas”, os pesquisadores Pablo Badinelli e Darcy Uhry, o engenheiro agrônomo Ricardo Tatsch, junto ao técnico orizícola Leonardo Furtado Pereira, apresentaram cultivares adaptadas e níveis de manejo da soja visando à sustentabilidade e a expansão da cultura em terras baixas.
Na última estação, tematizada de “Manejo de plantas daninhas”, foi descrito o manejo da irrigação e os benefícios da antecipação e prejuízo em função do atraso da entrada de água no controle de plantas daninhas e foi apresentada pela pesquisadora Mara Grohs e o engenheiro agrônomo Luiz Fernando Flores de Siqueira.
Três oficinas técnicas foram propostas no roteiro ao público. A primeira foi baseada na identificação da brusone. A segunda abordou o manejo integrado de pragas em arroz e soja, e por último, a terceira oficina demonstrou sementes certificadas.
Na hora do almoço, foi servido aos visitantes o tradicional carreteiro do Irga feito pela equipe de gastronomia da autarquia.
A gerente da EEA, Flávia Tomita, fala sobre a importância do Dia de Campo para a Pesquisa do Irga. “É a entrega dos resultados consolidados de anos de estudo ao produtor, como também é importante que eles vejam que a taxa CDO, que é paga por eles, está sendo bem aproveitada. Nas estações conseguimos colocar temas relevantes que estão em alta para o produtor e isso é importante como resposta a eles”, comenta Flávia.