O excesso de chuvas neste final de ano e a ajuda aos pequenos produtores da Região, que não chegou até a ponta da cadeia, sinalizam possível redução de área plantada. O alerta foi feito pelo presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul, Alexandre Velho, em entrevista ao programa Vale Informação – da Rádio Vale FM 99.1, na manhã desta quinta-feira (12). Conforme o gestor, 31% da área ainda não foi plantada na Região.
Ainda de acordo com o presidente da Federarroz, o ano foi de desafios, decorrentes não só do clima e da comercialização, mas também da interferência do Governo Federal. Velho ainda afirmou que o reflexo das enchentes, após dois anos de seca, será visto na colheita, inclusive da soja, pelos produtores que trabalham com as duas culturas:
Velho ainda repercutiu os números anunciados pelo Instituto Rio Grandense de Arroz (Irga), que já sinaliza estar faltando plantar 5% do total previsto para o RS, sendo que na Região Central, ainda restam 40 mil hectares (31%).
Para o presidente da entidade, o Governo Federal fez um movimento desnecessário em lançar contratos de opção com sinalização reduzida de preço, resultando em uma expectativa de preços abaixo do custo de produção.
Atualmente, o custo do arroz irrigado varia entre R$ 90,00 e R$ 100,00 a saca, conforme as regiões.
O dirigente comentou também que o preço sugerido pelo Governo Federal fica para agosto de 2025 em torno de R$ 87,00. No entanto, com a antecipação para março, o preço atinge em torno de R$ 80,00, valor que não pagaria o custo de produção.