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“Aquele tá bem!”

Existe uma concepção, espécie de dogma coletivo, que rege que, quanto mais se pode comprar, adquirir, possuir bens materiais, melhor a gente está. Tipo: “Aquele tá bem!”, como muitos costumam se referir a alguém de expressivas posses materiais. Mas pode-se questionar essa afirmativa, literalmente falando, a partir de diversos casos de que conhecemos, seja por presenciar ou por informações que nos chegam dando conta de que, entre pessoas realmente abastadas financeiramente, há em grande número quem sofra de depressão, quem conviva com desavenças constantes na família, quem seja prejudicado pela cobiça e interesses materiais de terceiros, entre outros fatos que em nada condizem com uma vida boa e tranquila, ou seja, com o que possa parecer “estar-se bem”, conforme destaca a introdução do texto.

Lógico que ser próspero financeiramente é sempre, sempre ideal no sentido de que possamos ter o que precisamos, quando e onde virmos a precisar, o que é infinitamente melhor do que viver com recursos financeiros apenas razoáveis ou ainda precários. Mas podemos considerar que a situação econômica de alguém não seja realmente determinante para medir o seu grau de satisfação na vida, de acordo com os exemplos já citados.

Tudo depende da escala de valores que cada um elege para si. É que quando os principais aspectos da nossa vida e comportamento sintonizam plenamente com harmonia e paz interior, com respeito aos semelhantes, com satisfação em servir e beneficiar os outros, tratando a todos como gostaríamos de ser tratados, percebemos o verdadeiro valor que tudo isso tem por fazer um bem incomparável para a nossa mente, para o nosso espírito e para o nosso coração, sem que dinheiro venha ao caso… Aí sim tem-se plena correspondência com “estar-se bem”, com “Aquele tá bem!”. Esse “aquele” pode ser a gente mesmo, você, eu, todo mundo, sempre que assim desejarmos, independentemente da situação financeira em que nos encontrarmos… agora inclusive.

 

O melhor de tudo é que a gente tem opção. A começar por concordar ou não com as afirmações acima.

Ótima semana, queridos leitores e leitoras!

Cleo Boa Nova é publicitário, consultor, escritor, músico e comunicador, autor dos livros “A Nossa Vida é a Gente Quem Cria. Senão Não Seria a Nossa Vida” e “Viva Feliz o Dia de Hoje. Viva!” e autor-intérprete do CD “Paz e Alegria de Viver”.
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