A decisão da Justiça em liberar condenados em função dos riscos durante a pandemia de Covid-19 vem gerando críticas da sociedade gaúcha. E um novo episódio turbina o debate. Um suspeito de estuprar uma mulher durante assalto em Porto Alegre deixou a prisão em março sob a justificativa da pandemia. O homem recebeu direito à prisão domiciliar humanitária com uso de tornozeleira. No entanto, o preso nunca chegou a ter o equipamento instalado. Já solto, aproveitou para atacar uma manicure de 39 anos no dia 5 de julho, em Porto Alegre.
A decisão judicial, do dia 24 de março, previa a instalação do equipamento 48 horas após a soltura. Mas o homem não compareceu ao alegar falta de condições sanitárias por conta da pandemia. O poder público adiou a instalação, mas depois o condenado não foi mais localizado.
Com condenação que somam 90 anos e sete meses, por casos envolvendo assaltos e estupros, o preso cumpriu 27 anos e nove meses. Agora, está foragido.