Você pede o celular da pessoa com quem namora. A pessoa nega. Você insiste, dizendo que quer ver o que tem no aparelho. Argumenta ainda questionando se ela tem algo a esconder. Emparedada, a pessoa responde com certo tom de deboche que o que tinha foi apagado. Mas que não tinha o que se preocupar no celular. Nenhum disco voador.
O enredo é o mesmo para o ministro Dino e as imagens do 8 de janeiro. Você pode ter as convicções políticas que quiser. Está no seu direito. Mas não pode fechar os olhos. Passa a ser desonestidade intelectual.
Mas não foi o Dino. Foi culpa da empresa. O chefe dele prefere passar a responsabilidade para amigos. Não importa. A estratégia é sempre a mesma.