A Anatel anunciou, via nota, que decidiu conceder mais prazo para a TIM fazer o backbone de fibra, conectando 19 cidades do Rio Grande do Sul. A lista inclui Cachoeira do Sul. A decisão ainda abrange Antônio Prado, Casca, Cruzeiro do Sul, Entre Ijuís, Flores da Cunha, Herval, Igrejinha, Jaguarão, Palmeira das Missões, Parobé, Pinheiro Machado, Restinga Sêca, Santa Cruz do Sul, Santo Ângelo, Sarandi, Três Coroas, Triunfo e Venâncio Aires.
Segundo termo assinado em 2020, a empresa deveria ter concluído a ligação da rede óptica até o último 30 de junho. No entanto, as chuvas que impactaram o Estado entre abril e maio prejudicaram o cronograma.
Após solicitar mais tempo, a operadora conseguiu um novo prazo até 30 de setembro para concluir a implantação da rede. A TIM precisa comprovar que atingiu a meta até o fim deste mês.
O plano de ligação faz parte do TAC da TIM (Termo de Ajustamento de Conduta), sendo o primeiro acordo do tipo a ser firmado no setor. O TAC é uma espécie de um trato entre a operadora e a Anatel, permitindo a troca de multas por investimentos em telecomunicações. Celebrado em 2020, sua vigência é de quatro anos.
Ainda de acordo com a operadora, a enchente acarretou em problemas com 25 sites LTE construídos dentro do âmbito do acordo. No entanto, a TIM garante ter conseguido recuperar as antenas dentro do prazo para comprovação do atendimento da meta.
A empresa também se comprometeu a melhorar o índice de qualidade junto ao consumidor, ampliar a cobertura móvel 4G e construir backhaul de fibra interligando as cidades.
O TAC da operadora previa 2.559 compromissos a serem realizados no período de quatro anos, sendo atestados 1.812 cumprimentos. Outros 740 ainda estão em fiscalização e sete são considerados como ainda não atendidos.
Algar e Telefônica Vivo também assinaram TACs com a Anatel em 2020 e 2022, respectivamente. A primeira cumpriu todas as 52 obrigações firmadas. Já a Vivo, segue com prazo em vigor para cumprir os seus 1.375 compromissos, tendo até 2026 para concluir as solicitações (30% entregues e 38% em processo de fiscalização).