Dois itens principais da manutenção preventiva veicular podem ser decisivos para a vida útil do motor do seu carro: os níveis da água/fluído aditivo do arrefecimento e do óleo do motor. A verificação pode ser feita em casa por você mesmo, sem necessidade de levar o carro a um mecânico ou ao posto de gasolina. Em ambos os casos, a checagem deve ser feita pelo menos uma vez a cada 15 dias e preferencialmente pela manhã, com o motor frio.
No caso do óleo, basta que você retire a vareta metálica que geralmente fica na frente ou numa das laterais do motor, dependendo do modelo do veículo. Essa haste de medição possui ranhuras que indicam os níveis mínimo e máximo do óleo para que o motor possa passar por uma lubrificação satisfatória. Caso você constatar que o carro está com pouco óleo, seja por vazamento ou por queima, o recomendável é que seja feita a reposição do líquido para não haver risco de má lubrificação. Na dúvida, se você suspeitar de vazamento ou queima de óleo, consulte-se com um mecânico.
Um motor com pouco óleo pode sofrer superaquecimento ou mesmo fusão dos componentes internos do motor. Por outro lado, óleo em excesso pode levar a uma pressão excessiva, o que pode provocar danos em juntas e outras peças internas do motor.
A CADA QUANDO TEMPO DEVO TROCAR O ÓLEO DO MOTOR?
Para veículos leves, de passeio, o recomendável é que a troca de óleo seja feita a cada seis meses ou se, antes desse período, for atingido o limite de quilometragem, que pode variar de 5 mil a 10 mil quilômetros, dependendo do tipo de óleo, do modelo do veículo e da quilometragem já rodada. Para motores mais novos, com quilometragem até 100 mil quilômetros, o recomendável é que seja utilizado um óleo sintético, que geralmente suporta 10 mil quilômetros com lubrificação plena.
Já em veículos com quilometragem acima dos 100 mil km, os especialistas recomendam que o óleo a ser utilizado seja o semissintético. Esse produto possui uma viscosidade um pouco mais acentuada em comparação com o sintético e é ideal para motores com componentes mais desgastados. Nesse caso, o intervalo de troca se mantém em seis meses ou a cada 5 mil ou 7 mil quilômetros, dependendo da marca e das especificações do produto.
A cada troca de óleo, é imprescindível a substituição do filtro do óleo e a verificação do filtro de ar, que também deve ser trocado se estiver muito sujo. Caso contrário, uma boa aspiração até pode prolongar a vida do filtro de ar. Nesse caso, uma boa conversa e uma avaliação do profissional lubrificador que proceder a troca do óleo podem lhe ajudar na tomada de decisão.
A CADA QUANTO TEMPO DEVO TROCAR A ÁGUA/LÍQUIDO ADITIVO DO RADIADOR?
Embora muitos proprietários de veículos não deem a devida importância, a troca da água/líquido de arrefecimento do radiador é tão importante quanto a troca de óleo. O intervalo de troca pode ser até maior. O recomendável pelas indústrias fabricantes e por profissionais mecânicos é que essa substituição seja feita a cada 30 mil quilômetros.
“O que devo usar? Líquido aditivo ou somente água?”. Essa é outra questão que merece atenção. Embora muitos motoristas prefiram usar somente água da torneira para arrefecer o motor pelo seu baixíssimo custo, com o tempo os componentes internos podem sofrer com a oxidação (ferrugem). Rupturas ou “furos” causados por essa ferrugem podem aparecer no próprio radiador, em canais metálicos por onde essa água flui e até mesmo no cabeçote, o que é bem mais sério e muito mais caro.
Em muitos casos, essa ferrugem acaba obstruindo os dutos de passagem da água/líquido do arrefecimento. O resultado disso é que o motor não sofre um arrefecimento adequado, superaquece e pode até ferver ou fundir. Uma situação como essa acaba pesando consideravelmente no bolso do proprietário do carro.
Portanto, na hora de decidir entre o que usar no radiador, opte por um bom fluído. Para isso, oriente-se com um mecânico de sua confiança sobre as melhores marcas e prolongue a vida útil do seu possante!
