Agro reage a bloqueio e tempo de obra para a Ponte do Fandango

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Agro reage a bloqueio e tempo de obra para a Ponte do Fandango
CACHOEIRA DO SUL
31 de julho de 2024 - esta é a melhor para a ponte

Tempo de obra é a maior prreocupação dos produtores rurais, que se trocam ideias pelas redes sociais sobre a elevação do leito da Ponte do Fandango. Foto: Divulgação. 

A União do Agro de Cachoeira do Sul, que congrega produtores rurais diversas regiões do município e que recentemente protestou por melhores estradas, analisa com preocupação o projeto do Dnit para a Ponte do Fandango sobre o Rio Jacuí, na BR-153. Serão pelo menos 18 meses de obras – um ano e meio – e cinco meses de bloqueio total devido a reforma na estrutura de concreto e elevação da estrutura metálica da ponte. Estes pontos são questionados pelo Agro, que se mobiliza pelas redes sociais.

Não está descartado o ingresso de uma ação no Ministério Público ou um um protesto regional, porque o Agro entende que projeto deve ser melhor explicado. O que motiva o Dnit ao anunciar elevação da estrutura metálica da Ponte do Fandango foi o alagamento do leito da travessia, pela enchente de maio do Rio Jacuí. No entanto, para o Agro a obra demandará tempo e questiona porque não é citado o desassoreamento do Jacuí.

A apreensão toma conta na medida em que toda a região depende da ligação BR-153 com a BR-290. Um serviço de transporte de balsa – e ainda não está definido quem pagará o transporte – pode afetar serviços emergenciais e o escoamento da safra. Além disso, conforme os produtores, há risco de novas inundações do Rio Jacuí e, se isto vier a ocorrer, a cidade pode ficar isolada com transtornos para quem reside e tem propriedades na área próxima à BR-290.

DNIT MOSTRA PROJETO DE REFORMA EM AUDIÊNCIA
O projeto do Dnit, apresentado em audiência pública na Câmara de Vereadores, nesta terça-feira (30), pela superintendência estadual, foi a gota d’água para um alerta. Segundo os produtores rurais, cinco meses de interrupção da Ponte do Fandango, é um tempo longo, mesmo que o Dnit acene que poderá ser utilizada somente por veículos leves.

O Agro defende estudos técnicos mais precisos para a obra da ponte e também entende que a Prefeitura e as entidades empresariais da cidade, deveriam se manifestar. Até a ligação Cachoeira/Rio Pardo pela ERS-403 é lembrada, no entanto, trata-se de uma estrada que não é totalmente asfaltada.

REGIÃO ESPERA HÁ TRÊS ANOS POR UMA DEFINIÇÃO

Desde que uma rachadura foi encontrada em um dos vãos de concreto da Ponte do Fandango, em outubro de 2021, a região aguarda uma definição pelo Dnit. Pelo menos, para reforma da parte de concreto, está estabelecido que a obra ficará a cargo da Construtura Cidade, de Porto Alegre.

Enquanto isto, há três anos, funciona o sistema pare/siga e com passagens de veículos até 18 toneladas. Paralelamente, ocorrem obras de recuperação do aterro da BR-153 danificado pela força da água do Rio Jacuí, em maio.