Projeto do Dnit surgiu depois que a cheia do Rio Jacuí em maio chegou ao leito da Ponte do Fandango. Foto: Divulgação.
A União do Agro de Cachoeira do Sul, que na semana passada protestou em frente da Prefeitura por melhores estradas, se prepara para acompanhar nesta terça-feira (30), às 15h, a audiência na Câmara de Vereadores sobre a proposta do Dnit para a Ponte do Fandango.
O Agro cachoeirense vê com apresensão a ideia de elevação da estrutura metálica da ponte, pois entende que haverá um longo período de trânsito interrompido em função das obras. O que mais preocupa a classe produtora é que a previsão de fechamento integral da Ponte do Fandango está estimada em cinco meses. Mais: são previstos dez meses com trânsito em meia pista.
Pelas redes sociais, o grupo se mobiliza e destaca que a economia do município não pode ficar estagnada. A obra pretendida pelo Dnit pode trazer prejuízos à cadeia produtiva, até porque será preciso a colocação de uma balsa para travessia no Rio Jacuí. No entanto, não é explicado quem arcará com os custos para o transporte entre a Praia Nova e a Rua Moron.
Na prática, os produtores rurais querem uma definição clara do Dnit. inicialmente, será construída uma nova estrutura de concreto – para a qual já existe uma empresa contratada -. Ocorre que com a enchente de maio, quando a força da água chegou ao leito da Ponte do Fandango, o Dnit resolveu que é necessário a elevação da estrutura metálica que se encontra entre as duas margens do Rio Jacuí.
“Estamos preocupados”, disse o produtor rural Luciano Araújo, que foi um dos líderes no movimento por melhores estradas. Pelas redes sociais, existem algumas contestações como: “a audiência pública sobre a ponte será realizada na Câmara. Lugar pequeno para a importância do problema. Dnit não quer contestação”, desabafo de um produtor rural.
DNIT VA EXPLICAR PROJETO
A audiência pública na Câmara de Vereadores terá a presença do superintendente do Dnit/RS, Hiratan Pinheiro da Silva e do engenheiro regional, João Carlos Tonetto. O Dnit já realiza obra de reforma do aterro da várzea do Jacuí e agora projeto uma elevação da Ponte do Fandango de cerca de três mestros.
Enquanto isto, desde 2021, quando foi constatada uma rachadura na estrutura de concreto da Ponte do Fandango, o trânsito se encontra no sistema pare/siga. Além disso, desde maio uma empresa terceirizada trabalha recuperação do aterro desde o Bairro Fátima até a ponte sobre o banhado Castagnino, sem prazo para ser concluída a obra. Já a Balsa Deus do Jacuí, que chegou a fazer a travessia no Rio Jacuí para veículos pesados, foi levado para Taquari em janeiro deste ano. Agora, existe a possibilidade do seu retorno. Por enquanto, nada definido.