Em denúncia apresentada nesta quarta-feira (9), a Operação Lava Jato no Rio de Janeiro detalhou a investigação sobre um suposto esquema que teria desviado pelo menos R$150 milhões, segundo estima a força-tarefa, do chamado ‘Sistema S’ fluminense (Sesc e Senac) e da Federação do Comércio (Fecomércio/RJ) entre os anos de 2012 e 2018.
De acordo com a denúncia, os advogados Cristiano Zanin e Roberto Teixeira, defensores do ex-presidente e ex-detento, Luiz Inácio Lula da Silva, dividiam com o então presidente da Federação do Comércio a liderança da organização criminosa.
Zanin e Teixeira seriam responsáveis por reunir e aprovar propostas de honorários advocatícios de outros escritórios aptos a integrarem o esquema. O critério de escolha seria pela suposta capacidade dos advogados de influenciarem decisões de magistrados do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Poder Judiciário ao ponto de evitar a punição, além da permanência do ex-presidente da Fecomércio, Orlando Diniz, no cargo, mesmo após irregularidades encontradas pelo Conselho Fiscal do Sesc. Como a Fecomércio é responsável pelo gerenciamento de entidades do Sistema S, que recebem recursos federais, Diniz passou a correr o risco de afastamento.