A advogada cachoeirense Maria Elisabeth Rosa Pereira, 65 anos, foi assassinada a tiros em Porto Alegre na manhã desta sexta-feira (17). O autor dos disparos foi o próprio companheiro, o PM da reserva José Pedro da Rocha Tavares, de 50 anos, que se aposentou como segundo sargento da Brigada Militar. O crime aconteceu na casa dele, na Avenida Bento Gonçalves, no Bairro Partenon, zona leste da Capital.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, o sargento Tavares tinha um problema de saúde que exigia o uso de um medicamento controlado. Após cometer o feminicídio, ele tentou se matar e foi socorrido a um hospital de Porto Alegre, onde encontra-se em ventilação mecânica e em estado grave.
O crime foi comunicado à Brigada Militar pelo irmão do policial, que mora nos fundos do imóvel. Ele chamou socorro, mas Maria Elizabeth não resistiu e morreu no local. Foi esse irmão quem teria chamado Maira Elisabeth ao local na noite desta quinta-feira, pois Tavares estaria agitado e teria se recusado a tomar a medicação.
Os três ficaram juntos na casa até por volta das 6h, quando a situação teria se controlado. O irmão contou à BM que ouviu os tiros cerca de 15 minutos depois de ter deixado o local. No local do crime, foi encontrada e apreendida uma pistola 9 milímetros. A arma era de propriedade do policial da reserva.
PRESIDENTE DA AGERGS
Maria Elisabeth era de Cachoeira do Sul, mas há anos vivia em Porto Alegre. Ela e o companheiro estariam juntos há mais de 20 anos, mas não viviam na mesma casa.
A advogada atualmente era presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs). Ela também exerceu cargo na direção estadual do Procon/RS, na Capital.
Maria Elisabeth deixa um filho, de outro casamento.