Previsto para ocorrer nesta semana, o júri popular dos acusados pelo assassinato do motorista de ônibus Julio Cezar Carvalho, o Negão, teve de ser adiado e ainda não tem nova data marcada. Alessandra Trindade Pereira, e Luiz Natanael Nunes Paz, o Zé Oreia, ambos com 34 anos, deveriam ter sentado no banco dos réus na última terça-feira (12), mas o julgamento teve de ser transferido devido à impossibilidade da defesa de um dos acusados se fazer presente no julgamento.
A acusação feita pelo Ministério Público com base em conclusões da Polícia Civil aponta que Zé Oreia agiu a mando de Alessandra, ex-companheira de Negão. Segundo as investigações, na época do crime, a mulher recém havia se separado da vítima e, de acordo com o MP, planejou o crime para ficar com a casa e também veículos do casal.
Na denúncia, o MP reforça que Zé Oreia entrou num ônibus da Transporte Nossa Senhora das Graças da linha Passo do Moura, conduzido por Negão. O acusado teria pego o coletivo nas proximidades da entrada da estrada do Passo do Moura com a Avenida dos Imigrantes. Negão foi executado bem em frente ao CTG Estância do Chomarrão.
Dias após o assassinato de Negão, Alessandra chegou a ser presa preventivamente, mas obteve liberdade. Zé Oreia, que possui antecedentes por outros crimes, encontra-se recolhido na Penitenciária Estadual de Venâncio Aires.
Ambos os réus negaram o crime durante a instrução do processo. Se condenados por homicídio qualificado, Alessandra e Zé Oreia podem pegar de 12 a 30 anos de reclusão.