Paulo Rogério Morales tinha 54 anos quando foi assassinado, em fevereiro de 2020 / Foto: Divulgação
Está marcado para 13 de dezembro o júri popular que colocará no banco dos réus dois acusados pelo assassinato do taxista Paulo Rogério da Rosa Morales, crime ocorrido em 1º de fevereiro de 2020, em Cachoeira do Sul. Júnior Vanderlei Vianna, de 22 anos, e Césaro Henrique Morinel Brandão, de 41 anos, respondem por homicídio qualificado, cuja pena-base varia de 12 a 30 anos de reclusão em caso de condenação. O júri tem previsão de começar às 9h, no salão do Tribunal do Júri do Fórum de Cachoeira do Sul.
Considerando que o Código de Processo Penal prevê que pelo menos dois quintos da pena sejam cumpridos em regime fechado nos casos de crimes hediondos, o tempo efetivo atrás das grades para homicídios dessa natureza deve variar de 4 anos e meio a 12 anos, fora outros crimes anexos que porventura possam ser implicados aos réus.
O CRIME
Na época, Morales tinha 54 anos. De acordo com as investigações da Polícia Civil e a denúncia do Ministério Público, Vianna tomou uma corrida no táxi de Morales durante a madrugada e, no meio do percurso, desferiu diversos golpes de faca e abandonou o corpo do taxista na BR-153, nas proximidades do trevo do Horbach. O táxi, uma GM Spin, foi encontrado abandonado numa estrada rural em Novo Cabrais.
Pelas características do crime, inicialmente, a Polícia Civil adotou a linha de investigação de latrocínio. No entanto, no mesmo dia, Vianna foi preso junto com uma namorada, que na época tinha 16 anos. Além de confessar o assassinato, Vianna revelou ter agido a mando de Brandão, que teria lhe oferecido R$ 1,5 mil e uma porção de cocaína caso conseguisse consumar o crime. A motivação para o crime seria um desentendimento entre o suposto mandante e a vítima.
Em juízo, Vianna optou por permanecer em silêncio. Já Brandão nega qualquer participação no homicídio.
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