Um grupo contrário ao procedimento de interrupção da gravidez de uma menina de 10 anos, vítima de abuso sexual no Espírito Santo, realizou um protesto em frente ao Centro Integrado de Saúde Amaury de
Medeiros, no Recife, na tarde deste domingo (16). O objetivo foi impedir que a vítima, estuprada pelo tio, fizesse o aborto.
O médico responsável pelo procedimento, na entrada do hospital, foi alvo dos manifestantes.
De acordo com o diretor médico, Olímpio Moraes, a menina já realizou a interrupção e está em recuperação.
A Justiça do Espírito Santo autorizou que a menina, grávida de três meses, pudesse interromper a gestação por meio de um aborto. A criança está sob a tutela do governo do Espírito Santo que a transferiu de São Mateus, onde ocorreu o caso, para Vitória.
A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público Estadual, favorável ao aborto. Por meio de nota, o Tribunal de Justiça capixaba já havia dito que “influências religiosas e morais” não definiriam o futuro da gestação.