A vacina contra a covid e o ketchup

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A vacina contra a covid e o ketchup
MILOS SILVEIRA
27 de março de 2021 - milos 2

O turbilhão de todo tipo de incertezas e novidades a cada dia mais sombrias trazido pela pandemia do novo coronavírus provocou medo e terror na população. Também pudera, a humanidade se enfiou num buraco muito difícil de sair e se viu, por um ano inteiro, sem qualquer luz no fim do túnel até que surgiu a vacina, a bendita vacina, desenvolvida em velocidade recorde por cientistas de todo mundo e que agora se multiplica em diferentes versões e origens de diferentes laboratórios multinacionais.

Transcorridos 14 meses desde quando a covid-19 foi declarada oficialmente como pandemia, com mais de 300 mil mortes só no Brasil, a vacinação caminha a passos largos e vai se expandindo para faixas de idade cada vez menores. E, obviamente, a velocidade como as coisas andaram e estão andando e as fake news a serviço da desinformação trouxeram ceticismo e insegurança para as pessoas quanto a se vacinarem ou não se vacinarem.

Aí é que está. Quem lê o título logo ali acima deve estar pensando: “Esse cara é fora da casinha, que relação tem uma coisa com a outra?”.

Pois bem.

Embora tenham sido desenvolvidas em tempo recorde, as vacinas contra a covid até que demoraram para chegar à população considerando a ansiedade da humanidade para uma saída contra essa enrascada chamada pandemia. Até serem aprovadas, principalmente no Brasil, as vacinas passaram por um típico roteiro de novela mexicana, dessas que não acabam nunca, até que saiu na segunda quinzena de janeiro, num domingo, a notícia de que finalmente a Anvisa estava aprovando as primeiras vacinas no Brasil e, logo no dia seguinte, começou a corrida pela imunização em todo o país.

Tá, mas e aí? E o ketchup, o que é que tem a ver com a vacina? A resposta é: NADA!

A analogia que faço entre uma coisa e outra é para tranquilizar as pessoas que não vai ser uma vacina que irá representar uma ameaça às suas vidas. Você come e bebe uma variedade tão, mas tão grande de coisas, produtos e substâncias sem qualquer conexão com o teu organismo que não vai ser uma vacina que irá te fazer mal, prejudicar a tua saúde ou te matar de uma hora para outra.

Olhe para o seu armário e para a sua geladeira. Fora o sal – que também é terrível principalmente para os rins e para a pressão arterial – é tanta coisa artificial, condimentada, com cargas e cargas de sódio, conservantes, aromatizantes, emulsificantes, corantes, gordura saturada, e por aí se vai. E a gente come e bebe isso todo santo dia, a toda hora.

E o problema agora é a vacina? Pelo contrário, é a solução. É a única chance de saída definitiva desse cenário de catástrofe sanitária e econômica.

Se tu não se vacinar, uma hora ou outra esse “bicho” chamado coronavírus poderá te pegar. Pouco importa o protocolo de higiene e distanciamento tu segues. Embora tudo isso seja importante para frear disseminação, qualquer descuido na fila do pão pode bastar para o “bicho” se alojar em ti.

E, sabe-se lá qual variante poderá “te achar”, pelo jeito que a coisa vai. É morte todo dia, aqui do ladinho da gente, no HCB. Jovens, gente de meia idade, idosos, muitas dessas pessoas até então saudáveis, outras com alguma doença que poderia ir administrando e tocando a vida, não fosse essa peste medonha.

Tá parecendo loteria, porque uma hora outra qualquer um pode ser “contemplado”, no pior dos sentidos. Não é querer tocar o terror. Infelizmente, a realidade é essa.

Então, bora vacinar!