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Prefeitura de Cachoeira acumula déficit mensal de R$ 5 milhões

 

 

Endividamento histórico pode inviabilizar projetos da Prefeitura a partir de 2021. Foto: OC Digital

A Prefeitura de Cachoeira do Sul não é de agora que enfrenta um caos financeiro gerado por dívidas históricas, que passam de governo para governo. O que arrecada não cobre as despesas e sobrevive por meio de repasses governamentais, por isto, acumula um déficit mensal que chega a R$ 5 milhões. A informação foi dada pela secretária da Fazenda, Viviane Dias, em entrevista para a Rádio Fandango. Em um ano são R$ 60 milhões.

Em meio a este turbilhão financeiro, ainda nesta reta final de governo, a Prefeitura terá que pagar três folhas dos servidores: a de novembro (quitada nesta sexta-feira – 27 -), a de dezembro e o 13º salário.

Com o caixa praticamente zerado, para a Prefeitura só resta espera pelos repasses financeiros dos governos estadual e federal, que a secretária da Fazenda, Viviane Dias, não consegue estimar valores a serem recebidos em dezembro. “Acreditamos que teremos os recursos, no entanto, neste momento não tem como prever nada”, salientou.

Secretária da Fazenda, Viviane Dias

ATENÇÃO

Empréstimos, emendas parlamentares, recursos do pré-sal e os liberados devido à covid-19, o governo do prefeito Sergio Ghignatti, conseguiu fôlego. Da covid-19, conforme a secretária da Fazenda, foram R$ 9 milhões de recursos livres. No entanto, há questões históricas que ficarão para o próximo prefeito eleito, José Otávio Germano.

Nesta relação, pode se incluir o endividamento com o Fundo de Pensão dos Servidores (Faps), o pagamento de empréstimos, precatórios que vão estourar em 2021, manutenção da máquina pública e investimentos necessários de infraestrutura. Além disso, ainda tem os compromissos com fornecedores e o dia a dia da máquina pública. As medidas de economia adotadas no governo Ghignatti não surtiram resultados. Paralelamente, tem inadimplência do IPTU.

QUADRO DRAMÁTICO

Na real, o quadro é dramático. Da cidade alegre e feliz alardeada pelo prefeito Ghignatti, o que se vislumbra para 2021 é um contexto que vai exigir muito da equipe do prefeito eleito José Otávio Germano. A partir da posse de Germano em 1º de janeiro, entrarão os recursos do IPTU. A previsão é arrecadar cerca de R$ 8 milhões, que corresponde a uma folha mensal da Prefeitura com os servidores. Em fevereiro ainda tem IPTU.

A questão é a partir de março. No entanto, para 2021, por conta da pandemia, não haverá aumento para os servidores municipais e muito menos incorporação de funções gratificadas. Mesmo assim, o novo governo deverá traçar um plano de administração pelo menos para o primeiro semestre, porque o caos financeiro irá corroer cada vez os cofres da Prefeitura.

O QUE FAZER

O prefeito eleito José Otávio Germano já trabalha pensando no que fará a partir de 1º de janeiro. Inicialmente define a composição do secretário – muitos nomes especulados – e onde em Brasília buscar apoio de recursos federais. A sua experiência com deputado federal certamente lhe renderá resultados.

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