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A fuga das galinhas

O que esperar de pessoas públicas eleitas para representarem a população e defenderem os direitos da comunidade? Que ao menos atendam um telefonema. Nem que seja para dizer “não”. Mas é tão difícil dizer “não” em alguns casos que a opção passa a ser fugir. Afinal, se atender, o constrangimento é ainda maior. Como explicar ser contra a economia de dinheiro público pouco mais de uma semana depois de esbravejar que é pela mesma economia que valia a extinção do 13º salário dos vereadores? Não tem como. Então, o melhor é nem atender. Fingir que não viu ou não sabia. Hipócrita ou coerente? Já sabemos a resposta: hipócrita.

Mas tem algo pior do que fugir: é fingir não ter opinião. O “não” e o “sim” podem suscitar argumentação. Mesmo que com base na mentira. Falácias, enfim. Mas e fugir? É o carimbo supremo da covardia nas testas daqueles eleitos para representarem a população. Uma vergonha. No entanto, cabe sempre lembrar: ficar em cima do muro também é ter posição. No caso, a favor da gastança.

Podem até fugir. Mas como galinhas, não podem voar.

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