Iedo Silva: apesar de décadas distante da terra natal, artista cachoeirense tem histórico de enaltecimento por Cachoeira do Sul em suas músicas / Foto: Divulgação
Faleceu na noite desta quarta-feira (15), em Porto Alegre, o cantor cachoeirense Iedo Silva, aos 74 anos. As primeiras informações divulgadas nas redes oficiais do artista dão conta de que ele não resistiu a complicações decorrentes da covid-19 e morreu no Hospital de Clínicas. Além disso, Iedo Silva há tempos fazia tratamento contra um câncer de próstata. Os perfis oficiais de Iedo Silva lembram ainda que ele se despede justamente no Dia do Gaiteiro.
Natural de Cachoeira do Sul, o cantor, compositor, gaiteiro e intérprete Iedo Silva começou sua carreira nos anos 1960 tocando em bailes de ramada em propriedades rurais e salões de baile em localidades como o Piquiri, onde nasceu e se criou, e na Barragem do Capané. Foi em 1970 que ele decidiu levar a carreira artística a sério e rumou para Porto Alegre, onde se profissionalizou como músico.
Nos anos 70, fundou o grupo Os Tauras e, na década seguinte, deixou o conjunto para formar o grupo Os Farrapos. A partir dos anos 90, decidiu seguir carreira solo, condição em que permaneceu até os dias atuais.
Apesar de ter se radicado na Capital há tantas décadas, Iedo Silva nunca deixava de citar, enaltecer e reverenciar Cachoeira do Sul. Numa de suas composições, intitulada Águas de Cachoeira, ele conta em versos passagens de sua vida na cidade, como ter tocado em bailes no Piquiri, no Salão do Carlos, na Bailanta do Xexé e, com bom humor, relata ainda que tocou na “casa do Bertolino quando ele era pobre”.
São dele ainda sucessos como “Ala pucha tchê”, “Me comparando ao Rio Grande”, “Pampa na Garupa”, “Chiquita”, “Despedida de Peão”, entre tantos outros. Em obediência aos protocolos sanitários e de distanciamento por causa da pandemia, as cerimônias de despedida serão restritas a familiares.
O QUE DIZEM OS PERFIS DE IEDO SILVA NAS REDES SOCIAIS: