Detento de Agudo comandava comércio de armas

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Detento de Agudo comandava comércio de armas
POLÍCIA
4 de agosto de 2021 - 04093712_433240_GDO

A Polícia Civil deflagrou a Operação Lego, que visa a reprimir o comércio irregular de armas de fogo, praticado por associação criminosa no Estado do Rio Grande do Sul. O conjunto de ações ocorre na manhã desta quarta-feira. Ao todo, estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária, bem como, dez mandados de busca e apreensão, nas cidades de Porto Alegre, Alvorada, Gravataí-SC, Itapema-SC e Florianópolis-SC. Até o momento, foram efetivadas as prisões de três pessoas: uma prisão preventiva na cidade de Agudo (alvo já encontrava-se preso) e uma prisão temporária na cidade de Porto Alegre, além de outra prisão temporária na cidade de Alvorada.

Entenda o caso

No dia 16 de julho de 2021, a Polícia Civil executou ações operacionais que visaram a reprimir a prática de crimes do Estatuto do Desarmamento, decorrente do tráfico de armas. Frente às investigações em andamento, foi possível aos agentes interceptar a entrega de um fuzil de calibre 556, que seria comercializado em um posto de gasolina, em Gravataí. Após intensa vigilância, um homem de 26 anos foi abordado dentro de um automóvel na posse do referido armamento.

No mesmo dia, policiais civis responsáveis por essa ação foram ameaçados de morte, incluindo, seus familiares, por meio de aplicativo de mensagens. Ao que se descobriu um detento recolhido na Penitenciária de Agudo/ e responsável por intermediar a venda do armamento, desgostoso com a apreensão, acabou enviando as ameaças. Diante do cenário apresentado, as investigações foram intensificadas, sendo possível reunir informações que apontaram para as pessoas efetivamente proprietárias do armamento apreendido, para os responsáveis pela venda (intermediação) e para os responsáveis pela coleta no local em que estava depositado, transporte e entrega, no momento da venda.

Ainda que, o comércio de fuzis já se daria a alguns anos, tendo sido comercializadas, segundo os investigados, mais de 100 unidades. Tais armas seriam, por vezes, montadas em partes, já aqui no Rio Grande do Sul (motivo pelo qual é denominada a Operação). Algumas peças seriam compradas por meio de sites de compra e venda. A efetiva comprovação do comércio dessa centena de armamentos ainda carece ser comprovadas pelas investigações.