Natural de Cachoeira do Sul, o cantor, poeta e compositor nativista Miguel Bicca faleceu nesta quarta-feira (21), aos 80 anos, por complicações decorrentes de um câncer de pulmão. Ele estava internado em São Borja para tratamento da doença.
Miguel Antônio Bicca mudou-se ainda jovem, aos 18 anos, para São Borja, onde deu início à construção de sua carreira e foi um dos fundadores do Festival da Barranca. Também foi membro do Grupo Amador de Arte Os Angüeras, ao lado de Apparício Silva Rillo, Carlos Crispim Moreno, Antônio Carlos Lara de Souza, Ernando Garcia Coelho e o irmão José Lewis Bicca.
São dele canções como Guassupiano, Costeiro, Cantiga de Rio e Remo e João Campeiro. Bicca também teve uma longa carreira solo e participou de diversos festivais nativistas, incluindo a Tertúlia e o Sinuelo da Canção. Suas composições abordam, principalmente, a temática do Rio Uruguai e a vida no campo.
“Protagonista de sua própria história, Miguel Antônio Bicca, natural de Cachoeira do Sul e criado em São Borja, adorava cantar o campo e o Rio Uruguai exaltando e retratando a lida do povo gaúcho. Miguel Bicca, autor da obra ‘Então Vai Ser do Seu Jeito’, onde retratava justamente esse momento da passagem da vida terrena do homem para junto ao Patrão Celestial. Fique em paz, meu irmão”, escreveu Cesar Oliveira, cantor, compositor e adido cultural do Rio Grande do Sul.
A Prefeitura de São Borja divulgou nota de pesar em que exalta a representatividade e o legado que o músico deixa em forma de verso e canção para a cultura gaúcha.
CONFIRA A MILONGA GUASSUPIANO, UM DOS CLÁSSICOS DEIXADOS POR MIGUEL BICCA: